1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (0 Votos)

030713 palestinaPalestina - Avante! - A insegurança alimentar na Cisjordânia está a aumentar. «Preços elevados da alimentação e salários baixos significam que 1,6 milhões de palestinianos não sabem de onde virá a próxima refeição», advertiu a directora executiva do Programa Alimentar Mundial, Ertharin Cousin, em visita ao território, realizada sexta-feira, 21.


De acordo as Nações Unidas, no ano passado 34 por cento dos agregados familiares nos territórios palestinianos não tinham segurança alimentar. Em 2011, a cifra rondava os 27 por cento.O alerta foi feito um dia depois de o Comité do Direitos Humanos da ONU ter acusado a polícia e o exército israelitas de abusarem de crianças palestinianas nos territórios ocupados, sublinhando a sua «profunda preocupação em relação a informações [incluindo testemunhos de militares de Israel] que dão conta do uso de tortura e maus tratos», tais como detenções nocturnas e encarceramentos em locais desconhecidos dos pais, ameaças e privações, violência física, sexual e verbal, práticas recorrentes cometidas «no momento da prisão, durante o transporte e os interrogatórios para obter confissões».

Na última década, o exército israelita prendeu e interrogou cerca de sete mil menores entre os 12 e os 17 anos, afirmam as Nações Unidas.

Já a meio de Junho, o relator especial para os Direitos Humanos nos Territórios Palestinianos Ocupados, Richard Falk, exigiu a Israel o fim ao bloqueio imposto desde 2007 contra a Faixa de Gaza, sublinhando que «a população civil já sofreu e superou o impensável», encontrando-se, «na sua esmagadora maioria, condenada à pobreza perpétua».

Antes, Falk divulgou trechos do seu relatório anual, no qual frisa que «Israel e os seus aliados distraem, distorcem e difamam para que as violações continuem», e qualificou de vergonhosa a existência de «organizações lobistas com o único objetivo de desviar a atenção do mundo do inaceitável registo de Israel em [matéria de] direitos humanos».

De acordo com o texto, citado pela Lusa, Falk considera ainda que as «campanhas de difamação irresponsáveis e desonestas para desacreditar aqueles que documentam estas realidades não alteram os factos no terreno, 46 anos depois de Israel ter lançado a guerra que começou com a ocupação da Palestina».

A ofensiva prossegue, com Israel a «anexar território palestiniano; (...) a persistir em demolir casas palestinianas e a povoar o território com cidadãos israelitas; a deter rotineiramente palestinianos sem acusação», salienta.

Os dados apurados por Falk indicam igualmente que, em 2012, existiam 650 mil colonos israelitas na Cisjordânia. Só nos primeiros três meses deste ano, Israel demoliu 204 casas palestinianas. Em abril foram registados 146 agressões de colonos a palestinianos, e na primeira semana de Junho Israel confiscou 60 mil metros quadrados de terra perto de Nablus e vários cursos e reservas de água.
Nos últimos 46 anos, Israel deteve cerca de 750 mil palestinianos, mantendo, actualmente, perto de cinco mil encarcerados, 236 dos quais crianças, detalha o mesmo documento.

«Estas violações privam os palestinos de esperança e fazem das negociações de paz uma paródia», conclui Falk.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.