O ataque, segundo a agência de notícias Reuters, teve como alvo 100 mísseis Fateh, supostamente armazenados em Jamraya, a menos de 20 quilômetros do centro de Damasco e onde se localiza um centro de pesquisa científico-militar. Veja imagens dos ataques aqui e aqui.
No entanto, a rede russa de TV RT informou que o bombardeio também visou atingir a 104ª e a 105ª brigadas da Guarda da República Síria.
Abdallah Mawazini, jornalista que vive em Damasco, declarou que quatro explosões foram ouvidas na capital, "fazendo todas as casas tremerem". A poeira se espalhou pela cidade e os moradores acordaram, "correndo para a rua, em pânico". Testemunhas afirmaram que o ataque, sem precedentes, lembrava "um terremoto". O cheiro forte e a asfixia sentida pelos habitantes levou alguns especialistas a suspeitar que os mísseis atirados por Israel conteriam material radioativo.
As primeiras notícias informaram que cerca de dois civis e 300 militares sírios perderam a vida e que várias casas foram atingidas.
A agência de notícias oficial síria Sana, qualificou o bombardeio israelense como "uma tentativa clara de ajudar os grupos terroristas armados depois dos fortes golpes que receberam", em alusão aos rebeldes que combatem o governo de Assad.
Já a rede de televisão estatal da Síria informou que a "agressão israelense" foi acompanhada de "tentativas de grupos terroristas de atacar postos de controle militares em várias zonas", e especificou que as forças do governo da Síria conseguiram repelir esses ataques, deixando "mortos e feridos" entre os rebeldes.
O bombardeio de hoje ocorreu cerca de 24 horas após outro ataque com mísseis a um suposto "comboio com armas aparentemente destinadas ao Hezbollah".
Síria se defende e Rússia reage
William Parra, jornalista da TeleSur, publicou no Twitter que o Exército sírio teria derrubado dois caças israelenses e conseguido capturar os pilotos. As TVs de Israel confirmaram que a força aérea do país perdeu contato com dois aviões (essa informação ainda não foi confirmada oficialmente).
A reação da Rússia não tardou: segundo a agência de notícias Interfax, um navio russo deixou o Mar Negro com destino ao porto de Tartur, na Síria.
Com informações da jornalista Baby Siqueira Abrão e do site Opera Mundi.