“O CNI fai muitas cousas na Catalunha. E o que mais preocupa agora aos serviços de inteligência (?) espanhois é a Catalunha”. Assim se manifesta o subdiretor do semanário Interviú, Luis Rendueles, um dos responsáveis da reportagem que esta semana publica o CNI sobre um plano para frear a independência catalá, numha entrevista na rádio RAC1. Segundo se recolhe em Vilaweb, este plano, denominado Horizonte Después (Horizonte Depois), estaria dotado com dez milhons de euros do Estado espanhol e poria-se em andamento após as eleiçons de 25-N.
O dossiê, de 500 folhas, guarda-se “sob chave numha das cámaras acouraçadas do CNI” e foi elaborado por um coronel da Guarda Civil destinado em Barcelona. As informaçons e 'pesquisas' remetia-lhas a um general do instituto armado espanhol em, como nom, Madrid.
“Visca Barça, Visca....Espanya”
“Que jogadores do Barça se pronunciem a favor da unidade de Espanha”. Esta era, segundo o jornalista Rendueles, umha das previsons com as que trabalhavam neste plano unionista elaborado polo CNI. Sim, o CNI, nom a TIA. Trataria-se de “procurar gente importante e influente na Catalunha que se pronunciem em prol de continuar em Espanha”. E nessa estratégia, nada mais impactante que jogadores cataláns do Barça a fazer manifesta fé de espanholidade. Nem ao Doutor Bactério se lhe tería ocorrido tal genialidade, vamos.
Pagar com dinheiro público, e em plena crise, jornalistas e tertulianos para apoiar o espanholismo
O plano teria três fases, tal e como lembra Vilaweb. A primeira centraria-se em financiar com dinheiro público e potenciar a presença de terlulianos e periodistas em meios de comunicaçons cataláns para defenderem o unionismo, “a conveniência de manter Catalunya no Estado espanhol”.
A segunda, complementária da primeira, passaria por injetar dinheiro nos meios de comunicaçom espanholistas que se publicam na Catalunha. “Tenhem umha difusom minoritária. Mas...a Generalitat leva anos enchendo de subsídios meios afins. Trataria-se, portanto, de fazer o mesmo”.
O terceiro pilar entraria já em cheio numha guerra suja usando a informaçom que durante anos foi acumulando o CNI e as forças de segurança sobre dirigentes e políticos e personalidades nacionalistas catalás. Trataria-se de filtrar e usar esa informaçom, mesmo descontextualizada e maqueada, para prejudicar o processo soberanista. Aliás, som informaçons que, como os supostos negócios da família Pujol, nom podem ser contrastadas pois nunca fôrom judicializadas.