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mutaIraque - Rusia Today - Centenas de toneladas de resíduos tóxicos, deixadas pela guerra no Iraque, resultam no surgimento de doenças que antes não se viam no país árabe.


Cientistas e médicos têm registrado novas mutações e doenças nos rins, pulmões e fígado, além de colapso total do sistema imunológico. As investigações confirmam uma quantidade crescente especificamente de defeitos congênitos, defeitos no tubo neural e defeitos cardíacos congênitos.

No último mês, o índice de malformações congênitas em Fallujah, cidade iraquiana situada 65km a oeste de Bagdá, teve uma taxa 14 vezes superior às taxas registradas em áreas japonesas afetadas pela radiação durante os bombardeios nucleares norte-americanos a Hiroshima e Nagasaki. Lá, o índice registrado foi 1% a 2%, enquanto em Faluya foi de 14,7%.

"Temos muitos casos de defeitos múltiplos do sistema num bebê. Anomalias incontáveis. Por exemplo, acabamos de ter um bebê com problemas no sistema nervoso, defeitos  ósseos e defeitos cardíacos. Isso é comum em Fallujah hoje", afirma a Dra. Samira Alani, pediatra do Hospital Geral de Fallujah.

Os médicos iraquianos continuam registrando casos de crianças com duas cabeças, crianças ciclópicas, tumores diversos, deformidades faciais e corporais e problemas complexos no sistema nervoso. O toxicólogo ambiental Mozghan Savabieasfahani disse à Al-Jazeera que o aparecimento e o alto índice dessas novas doenças se devem às condições de vida depois do fim oficial da guerra.

"Nossa investigação em Fallujah indicou que a maioria das famílias voltaram a suas casas bombardeadas e seguem morando ali. Ou, em outros casos, construíam casas novas sobre os escombros contaminados. Quando possível, também se utilizavam de materiais contaminados de construção dos locais bombardeados. Essas práticas comuns terão contribuído para a exposição contínua da população anos depois do bombardeio de seu território", disse Savabieasfahani.

Em tais circunstâncias, muitas mulheres dão à luz a bebês com malformações, sofrem abortos involuntários ou inclusive evitam ter filhos, algo nada comum nas regiões rurais e pobres do Iraque.

Durante a guerra no Iraque, que começou há quase uma década, o país converteu-se em um monte de lixo tóxico: fósforo branco, urânio empobrecido, resíduos de bombas termobáricas. As autoridades iranianas registram um fluxo de águas subterrâneas contaminadas, provenientes do Iraque.

As Forças Armadas norte-americanas atacaram o Iraque em 2003 e derrubaram o regime de Saddam Hussein, com o pretexto de que o país possuía armas de destruição em massa, acusações que nunca foram provadas. No total, mais de um milhão de iraquianos foram mortos após a invasão e ocupação norte-americana do país.

 

Tradução de Vítor Rodrigo Dias para Diário Liberdade

 

Fonte: Russia Today

Original em: http://actualidad.rt.com/sociedad/view/89784-irak-enfermedades-mutaciones-faluya-contaminacion


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