Os camponeses foram verificar seus cultivos em uma área de separação entre Gaza e o território ocupado por Israel e foram recebidos com fogo de metralhadoras, disseram testemunhas no local.

Ao que parece, os camponeses, que estavam desarmados, confiaram na trégua e foram retomar seus trabalhos, conforme uma versão dos fatos que circula aqui e que não foi desmentida pelas autoridades israelenses.

Esta é a primeira violação registrada do acordo de cessar hostilidades feito por Tel Aviv e as autoridades da Faixa de Gaza, após três semanas de ataques e bombardeios israelenses exponencialmente intensificados a partir do último dia 14.

Durante os oito dias de mais intensos ataques, foi registrada a morte de mais de 160 palestinos, quase metade de mulheres e crianças surpreendidas em suas casas pela artilharia reativa e de campanha e pelos bombardeios aéreos feitos por Tel Aviv.

Nesse período, o governo israelense também concentrou um enorme contingente de suas forças militares na fronteira com a Faixa, com a anunciada intenção de invadir território palestino e cercar seus moradores em uma área menor para fins desconhecidos.

O premiê israelense, Benyamin Netanyahu, foi autorizado pelo gabinete a ordenar a invasão, paralisada pela assinatura do acordo, anunciado no Cairo pelos chanceleres do Egito, Mohamed Kamel Amr, e dos Estados Unidos, Hillary Clinton.