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opIsrael-300x214Palestina - Diário Liberdade - 16 de novembro de 2012, Anonymous.


Saudações. 

Chegou ao conhecimento dos Anonymous que grupos conservadores e pró-Israel em toda a blogosfera estão tentando tirar vantagem de nossa Operação Israel, procurando firmar a opinião pública contra os Anonymous. 

TheOtherMcCain.com postou editorial, hoje cedo, em que se lê: “Se você algum dia duvidou de que Anonymous é organização terrorista, agora eles se encarregaram de acabar com todas as dúvidas.” O artigo só oferece 55 palavras de conteúdo original; os restantes 90% do artigo são citações selecionadas de fontes da imprensa-empresa dominante.

Sejamos, mais uma vez, absolutamente claros: Anonymous não apoiam nem jamais apoiaram qualquer tipo de uso de violência. Anonymous somos um coletivo planetário de indivíduos que usam os meios que têm, na luta por direitos humanos, por justiça e pela igualdade universal de todos os cidadãos de todas as nações.

Grupos pró-Israel, em todo o mundo, organizaram-se em torno da propaganda e das mentiras distribuídas por Israel e pelos EUA. Apagam arbitrariamente o sistema de apartheid e de segregação racial e opressão que o governo de Israel impõe ao povo palestino. 

O xis da questão é que, aos olhos da imprensa-empresa, só os EUA e seus aliados teriam competência para declarar que outros estados ou organizações são terroristas. 

Durante nossa campanha, fomos inundados por um só tipo de informação: todos repetem que o Hamás esconde-se em escolas ou usa mulheres e crianças como escudos humanos. Um certo tipo de memória seletiva parece ter dado às organizações pró-Israel a capacidade de esquecer que, em 2005, o ministro da Defesa de Israel Shaul Mofaz compareceu a um tribunal para defender a prática de usar palestinos como escudos humanos em combate, depois que uma Corte de Justiça declarara que essa prática é ilegal e viola a Lei Internacional.

As razões pelas quais os Anonymous decidiram agir mediante a #OpIsrael deveriam ser já perfeitamente claras.

O que está acontecendo na Palestina é opressão. Os palestinos não têm Marinha, nem Exército, nem Força Aérea. Não há guerra em Gaza. O que há é aplicação continuada, por Israel, de força militar, na tentativa de expulsar todos os seres humanos que vivam em terras palestinas, apesar de todas as leis internacionais que expressamente proíbem esse tipo de agressão. 

A ampliação ilegal de território, que Israel obteve mediante invasão de terras palestinas, é ação que prossegue, sem interrupção, desde 1948, e já converteu em refugiados mais de 700 mil palestinos. Hoje, os palestinos já são proibidos de viver nas colônias israelenses, de transitar por estradas israelenses e, até, de viajar para as áreas “de segurança” que os circundam. 

As colônias exclusivas para israelenses estão sendo erguidas sobre terra roubada e são até definidas como “assentamentos ilegais” também pela Corte Internacional de Justiça.

A violência imposta aos civis que vivem em Gaza está bem documentada, apesar da feroz oposição, por Israel, à intervenção de organizações que defendem direitos humanos e apesar de o Exército de Israel perseguir jornalistas internacionais independentes e impedir que trabalhem. 

Apesar de tudo isso, os Anonymous jamais usamos qualquer expressão de antissemitismo em nossa campanha. Nem jamais manifestamos qualquer apoio às operações militares de organizações ou grupos da resistência palestina. 

Nosso único objetivo é defender os direitos do povo palestino sempre ameaçado pelo silêncio, sobretudo depois que Israel já tenta, até, impedir a operação de telefones celulares ou da internet na Faixa de Gaza. Sabemos bem o que acontece às vítimas da opressão, quando as luzes se apagam. 

Deve-se considerar também que, como ontem, membros dos Anonymous que participam da Operação Israel (#OpIsrael) trabalharam muito para aumentar nosso Gaza Care Package [Pacote de Socorro a Gaza] para civis em Telavive, oferecendo traduções também para o hebraico de todos os nossos documentos, prevendo que também eles poderiam ficar sem serviço de internet. Não fazemos qualquer distinção racial ou geográfica entre vítimas da violência ou da opressão, não importa onde estejam, pelo mundo. 

Ambos, palestinos e israelenses têm de encontrar pontos de entendimento e têm de pôr fim à violência que já resultou em tantas mortes de gente inocente, inclusive crianças. As invasões de Israel em territórios palestinos e a opressão racista que Israel impõe aos palestinos têm de acabar. 

Não somos terroristas. Terroristas são, isso sim, os governos que financiam guerras, que mentem aos próprios cidadãos e eleitores, que acobertam corruptos e corruptores, e fecham os olhos à morte de gente inocente. 

O poder de declarar quem é terrorista e quem não é não é privilégio de Israel ou dos EUA. 

Nós os julgaremos por suas ações.

Paz e Liberdade para todos,
[assinam] #OpIsrael #Anonymous

 

Original aqui.

Tradução do coletivo Vila Vudu


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