O pedido foi feito pelo vice-premiê sírio e titular da pasta de Relações Exteriores, Walid al-Moallem, ao discursar nesta segunda-feira no plenário da Assembleia Geral e assinalar que Damasco todavia acredita em uma solução política para sair da crise.
Para isso, instou a todas as partes e grupos políticos, de dentro do país e do exterior, a um diálogo construtivo e apontou que "as portas e o coração da Síria estão abertos para qualquer um que deseje a construção e o diálogo".
Al-Moallem disse também que os resultados desse diálogo nacional resultarão no "mapa e no caminho futuro do país no estabelecimento de uma Síria mais plural e democrática".
O vice-premiê explicou também que o êxito dos esforços internacionais requer além do compromisso do governo sírio, o dos estados que apoiam os grupos armados, entre eles a Turquia, a Arábia Saudita, o Catar e a Líbia.
Ainda assim, sublinhou que o fracasso do Conselho de Segurança em emitir uma condenação aos atos terroristas na Síria acontece porque algumas das nações que compõem o organismo apoiam as ações dos terroristas.
também denunciou que a campanha terrorista está acompanhada externamente de uma provocação midiática sem precedentes, que alimenta o fogo do extremismo religioso.
Afirmou que essa estratégia é alimentada por vários estados da região, que proporcionam armas, dinheiro e mercenários através das fronteiras de alguns países vizinhos.
Em relação a isso, denunciou também os governos dos Estados Unidos e da França por induzirem claramente e apoiarem o terrorismo na Síria.
O ministro ressaltou o apoio de seu governo à missão de observadores da ONU, que trabalhou no país, e às iniciativas do enviado especial anterior da ONU, Kofi Anaan, entre elas à do plano de "seis pontos".
Al-Moallem também falou do apoio dado por Damasco ao comunicado de Genebra, que em junho passado apontou a necessidade de implementar a iniciativa de Annaan e do novo representante especial da ONU, Lakhdar Brahimi.
"A Síria continuará trabalhando com os componentes patrióticos da oposição para construir um novo país, plural e democrático, que responda às aspirações de seu povo", afirmou.
Mas, ao mesmo tempo, esclareceu que o país cumprirá com o seu dever de proteger o povo do terrorismo jihaidista e takfiri, que armam os grupos terroristas que espalham o caos, criam a sedição entre os sírios e ameaçam a coexistência pacífica.