Os planos de austeridade de Rajoy têm cumprido um papel altamente desagregador sobre as comunidades.
O próprio governo do conservador de Artur Mas, da CiU (Convergència i Unió), teve que se deslocar a posições mais abertamente nacionalistas após ter solicitado o resgate da comunidade, por € 5 bilhões, e acusado o sistema de repasse de impostos.
O acirramento nacionalista começou a aumentar em 2010, quando o PP (Partido Popular), hoje no poder, rejeitou o novo estatuto autonômico, devido aos votos contrário do PP, que tinha sido aprovado pelo parlamento regional.
As manifestações do 11 de setembro levaram à lona as políticas autonomistas do Reino Espanhol, assim como as políticas de austeridade impostas pelo imperialismo, que significam um forte repasse do peso da crise para as comunidades.
A direita, liderada por Mas, tem buscado capitalizar o movimento independentista, no qual é ajudado pelos principais partidos burgueses catalãs ao direcionar as reinvindicações por vias institucionais para pressionar a CiU para que convoque um referendo no Parlamento Catalão – os socialdemocratas nacionalistas da Esquerra Republicana de Catalunya, os neoliberais independentistas da Solidaritat Independentista e a direção que domina a própria ANC. Ao mesmo tempo, esta política centra as reinvindicações na Catalunha, deixando de lado o conjunto dos Países Catalães – o País Valenciano, Ilhas Baleares, Faixa de Ponte, Andorra (hoje um país independente), Algueiro (hoje na Itália), Catalunha do Norte (hoje na França) e El Carxe.
A política independentista dos partidos burgueses é um duro golpe para o reacionário Reino Espanhol, mas continua enquadrada dentro dos parâmetros imperialistas da UE (União Europeia), o que somente poderá ser quebrado pelo avanço da organização independente das massas trabalhadoras catalãs.