O presidente anunciou seu projeto no Cairo no dia 4 de junho de 2009, como peça central da diplomacia da Casa Branca para o Levante.
A política constituía uma profundo reaproximação com o mundo islâmico, com o objetivo de consertar os danos brutais que a administração de George W. Bush fez às relações com os países da região, acrescenta o jornal. Aos muçulmanos o presidente prometeu, nessa ocasião, um novo começo nos vínculos bilaterais, sobre a base do respeito mútuo.
Obama tentou consertar a imagem do Governo dos Estados Unidos, que após o 11 de setembro de 2001 impôs sua vontade nessa zona com arrogância e presunção, acrescentou o jornal.
Mas três anos após o discurso no Cairo, a política exterior do chefe da Casa Branca sofreu um colapso de dimensões épicas e a administração, confusa, culpa um filme de 14 minutos que ninguém viu e que inclusive pode nem existir, acrescenta. O jornal afirma que o mundo islâmico está convulsionado com uma explosão de antiamericanismo, e da Tunísia até Líbano, as escolas, negócios e instalações diplomáticas estadunidenses estão ameaçados, e quatro funcionários do governo estadunidenses morreram na Líbia.
Pergunta-se se o presidente admitirá que as premissas de sua doutrina eram altamente ingênuas e que sua política desgastou a influência dos Estados Unidos na região.
A publicação questiona que outra coisa Obama pode fazer, e recorda que na Convenção Nacional Democrata celebrada no início de setembro, o partido no Governo se felicitou pelos sucessos na política externa da atual administração.