Nom é uma situação nova, mas o protagonismo duma estrela mundial de futebol tem exercido de altofalante num país que exalava patriotismo após a cerimónia inaugural dos Jogos Olímpicos. Ryan Giggs, capitão da seleção olímpica britânica de futebol, negou-se a cantar o Hino britânico ao início dos jogos da seleção masculina de futebol, tal como outros jogadores galeses dessa equipa Craig Bellamy, Joe Allen, Aaron Ramsey e Neil Taylor, nos jogos do team GB frente aos combinados de Senegal e Emiratos Árabes.
Embora alguns meios de comunicaçao britânicos tenham restado importância ao assunto, falando de “decisões pessoais”, o certo é que no jogo que hoje se disputa no Millenium Stadium de Cardiff, a capital de Gales, não seria estranho que houvesse apitos das bancadas ao Hino.
O próprio capitão efetuou um apelo para que se respeite o "God Save the Queen", uma petição à qual se uniu hoje Bellamy, com umas declarações de ambígua interpretação: "Todo hino nacional, não importa que seja o do teu pior inimigo, dura só um ou dois minutos e há que estar em silêncio e demonstrar respeito", disse o atacante de Liverpool e da seleção nacional galesa.
Giggs foi nomeado capitão da equipa britânica pelo treinador Stuart Pierce quando finalmente decidiu não convocar a David Beckham, um jogador inglês, londrino e muito monárquico. O veterano avançado do Manchester United declarou-se orgulhoso de poder participar nos Jogos Olímpicos, mas não de representar o Reino Unido.
"A possibilidade de competir no evento desportivo maior do mundo era uma oportunidade que não podia recusar", assegurou Giggs, quem nunca pôde disputar uma fase final de um torneio futbolístico internacional com Gales.
Nom há muito tempo o Diário Liberdade informava dos apitos ao Hino espanhol na final da Taça do Rei de futebol no Estado espanhol, disputada entre umha equipa basca e umha catalá. Parece que o desporto, e em concreto o futebol, continua a ser umha janela aos conflitos sociais e às luitas pola libertação nacional nalguns estados.