No protesto popular participaram libanesas e libaneses de todas as idades e identidades. Com o especial protagonismo dos jovens e a destacável liderança das mulheres, entoaram-se palavras de ordem por direitos civis como o casamento ou a igualdade da mulher na transmissão da cidadania (direito que hoje só possuem os homens).
Na marcha que percorreu as ruas do, ainda em reconstrução, centro beiruti, as pessoas participantes mostraram aos governantes e à sociedade libanesa a vontade de mudança existente no povo libanês.
A polícia não permitiu finalizar a manifestação em frente do parlamento da República como assim estava programado. De qualquer maneira as organizações, colectivos sociais (entre eles o LGBTQ) e pessoas individuais que fizeram parte do protesto, não perderam o fôlego e continuaram por mais uma hora concentradas a cerca de 200 metros do parlamento.
Hoje também é uma data histórica para o Líbano, é a primeira vez que se realiza uma manifestação destas características. As reivindicações além de serem básicas, pretendem romper com o marco sócio-político do sectarismo religioso que envolveu o país durante 15 anos (1975-1990) numa destrutiva e dramática guerra civil. Assim líamos nalgum dos cartazes: Direitos civis, não guerra civil!
25 de Abril... sempre! também para o Líbano.
*Crónica e fotos de Ângelo Meraio