1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (0 Votos)

010313 nina-simone-1Estados Unidos - PCO - Cantora negra se notabilizou por ser ótima pianista, cantora e compositora da causa negra.


A cantora negra Eunice Kathleen Waymon, mais conhecida pelo seu nome artístico, Nina Simone, nasceu em 21 de fevereiro de 1933, em Tryon (Carolina do Norte), tendo ficado conhecida mundialmente como uma grande pianista, cantora e compositora norte-americana e defensora dos direitos civis dos negros.

Seu nome artístico foi adotado quando ela tinha 20 anos de idade, para que tivesse um maior apelo ao blues, considerada “música do diabo” por seus pais, que eram pastores metodistas.

“Nina” veio de pequena (“little one”) e “Simone” foi uma homenagem à grande atriz do cinema francês Simone Signoret, sua predileta.

Sua obra se notabilizou pela variante em ritmos e estilos que negros se debruçavam à época. Desde o gospel, passando pelo soul, blues, folk e jazz, Nina foi uma das primeiras artistas negras a ingressar na renomada Juilliard School of Music, em Nova Iorque.

Originalmente, seu estilo musical surgiu a partir de uma fusão de gospel e canções pop com música clássica, em especial, com influências de sua primeira inspiração, Johann Sebastian Bach.

Estava em marcha o surgimento de novos e fantásticos estilos musicais. Foi a época de nascimento de novos gêneros, criados, sobretudo, pela iniciativa dos negros, como o rock’n’roll, o rhyth’n’blues e o soul. No terreno do jazz, surgia também o hard bop e o free jazz, entre outros, produto também da radicalização da consciência dos negros no período.

Cantou músicas clássicas e imortalizou hits como “Aint Got No - I Got Life”, “I Wish I Know How It Would Feel To Be Free”, e “Here Comes The Sun”, além de “My Baby Just Cares For Me”.

Nina somou-se à constelação de divas negras da época, que contava com Etta James, Aretha Franklin, Ella Fitzgerald, dentre outras lendas.

A luta contra o racismo

Tão presente na vida dos cantores e artistas negros, Nina foi mais uma cantora no vasto rol de músicos que se colocaram frontalmente contra o racismo. Também teve momentos na vida em que a voz era seu ganha pão.

Sua canção “Mississippi Goddamn” tornou-se um hino ativista da causa negra, e fala sobre o assassinato de quatro crianças negras numa igreja de Birmingham em 1963. Diversos estados do sul boicotaram essa gravação.

Seu envolvimento na luta contra o racismo foi intenso, e chegou a cantar no enterro do pacifista Martin Luther King Jr.

Contudo, Nina chegou a defender revolução violenta durante o período dos direitos civis, e ela esperava que os negros poderiam, por combate armado, formar um estado separado.

Em 1967 cantou “Backlash Blues”, escrita por seu amigo Langston Hughes, um dos maiores escritores negros de todos os tempos.

A cantora chegou a visitar o Brasil antes de seu falecimento, tendo gravado com Maria Bethania. Seu último show ocorreu em 1997 no Metropolitan. Faleceu em abril de 2003.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.