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040912 nean denis melCiência Hoje - A equipa de arqueólogos russos que descobriu dois molares e uma falange de um dedo fossilizados, em 2008, na gruta de Desinova dos montes Altaï, no Sul da Sibéria, retomaram recentemente as análises genéticas que revelaram conclusões surpreendentes.


Segundo os investigadores, os fósseis datam de entre 80 mil e 50 mil anos. As análises realizadas pelo grupo de trabalho revelaram que a falange pertenceu a uma criança de sete anos e o estudo genético mostrou que pertencia a um novo ramo de hominídeo – distinto do homem moderno (homo sapiens) e do homem Neandertal.

A equipa do Instituto Max Planck (Alemanha), dirigida por Svante Pääbo, procedeu a uma análise mais precisa dos genes, através um novo método de sequenciação que lhe permitiu obter 30 vezes mais quantidade de dados celulares e descobrir 99 por cento do genoma deste grupo de humanos desconhecido – os Denisovanos.

O recente estudo publicado ontem na revista «Science» revela mais informações conseguidas através desta nova técnica que desmembra o DNA, tornando possível o estudo separado de cada uma das partes que compõem o genoma, ou seja, saber que genes foram repassados pelo mãe e pelo pai.

Os investigadores compararam o DNA dos Denisovanos com o de onze indivíduos vindos de várias partes do mundo. O genoma mostrou que o grupo tem mais semelhanças com os Neandertais do que com os homens modernos e reforça mesmo a hipótese de que ambas espécies se diferenciaram depois de um ancestral comum ter deixado a África entre 170 mil e 700 mil anos, período em que descendentes desse ancestral evoluíram para o Homo sapiens.

A sequenciação confirmou que existem genes exclusivos dos Denisovans estão presentes em algumas populações humanas actuais e a maior semelhança genética (seis genes) encontrada foi nos habitantes da Oceânia.

Desse modo, puderam descobrir que os Denisovanos eram extremamente parecidos geneticamente. O dado surpreendeu os cientistas, uma vez que a baixa variabilidade genética é comum em espécies isoladas, com populações pequenas que somente cruzam entre si.

O genoma da menina Denisovana examinado tinha genes que remetem para uma pele escura e cabelos castanhos, tal como as populações actuais. Os investigadores consideram que estes eram um grupo "primo" dos Neandertais.


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