Antecipando-se novamente a outros países, o imperialismo estadunidense não demorou a perceber que a guerra cibernética era uma empreitada que valia a pena seguir, para derrubar à distância e silenciosamente os seus adversários. Há anos os EUA investem nas armas "D", com a desculpa de proteger a segurança nacional de ciberataques inimigos.
"Temos estado coordenando com o setor privado, mas não é o suficiente, não estamos nem perto de onde precisamos chegar", disse o presidente Barack Obama. Para 2015, os investimentos nesta área serão maiores do que no ano passado, chegando a US$ 5,1 bilhões, enquanto que em 2014 foram de US$ 4,7 bilhões.
Mas não é na defesa de seu ciberespaço que os Estados Unidos estão mais preocupados. Os ataques são mais eficientes. Os EUA, que invadem países e matam civis, já deram provas de que sabem usar os meios digitais como ninguém. A Casa Branca percebeu que essa é a maneira mais eficiente de controlar e manter sua hegemonia geopolítica e de seus aliados.
Os EUA estão entrando de uma vez por todas na nova etapa do domínio imperialista sobre o globo. A NSA (Agência Nacional de Segurança dos EUA) possui unidades encarregadas de intervir, hackear e destruir sistemas informáticos em rede à distância e quer aumentar o seu contingente de soldados cibernéticos, como informa a RT.
A agência participa de conferências de hackers para recrutar essas pessoas, que muitas vezes possuem maiores habilidades até mesmo do que os membros da NSA, e a urgência da adesão de novos membros é uma realidade inegável, como confessou o ex-diretor da organização, Michael Hayden, em uma conferência na American University.
Ela também interage com as redes de ensino, formando centros de investigação para ciberoperações em 13 universidades, a maior parte concentrada na região centro-leste do país. A NSA paga às instituições para criar esses centros, onde seus futuros agentes são treinados.
Ao mesmo tempo, os hackers "indesejados" ou "subversivos", como Edward Snowden, Bradley Manning e seus seguidores, são perseguidos pelas autoridades por lutar por maior transparência das ações do governo dos Estados Unidos.
Até o momento, não há leis nem tratados internacionais que restrinjam o uso da ciberguerra. Os ataques eletrônicos são muito valiosos, porque têm a capacidade de interferir nas áreas mais importantes para a economia de outros países. Podem danificar a infraestrutura civil e militar, destruir sistemas eletrônicos inteiros e até mesmo causar mudanças climáticas.