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putinRússia - Causa Operária - Até 2016, empresas de comunicação na Rússia poderão ter no máximo 20% de participação estrangeira.


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou no dia 15 de outubro uma nova lei para regular a participação estrangeira em empresas de comunicação de massa. A lei foi proposta por um parlamentar da oposição, e rapidamente aprovada pelo Parlamento. Entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2016, e limitará a participação de acionistas que não sejam cidadãos russos, ou cidadãos russos que tenham outra cidadania, a 20%. As empresas de comunicação terão que apresentar relatórios com seu quadro de acionistas até 15 de fevereiro de 2016, adequando-se à nova lei.

Com isso, Putin acerta os monopólios imperialistas que tentam influenciar a política interna russa. Leis restringindo a participação existem em diversos países do mundo. Na própria Rússia, os estrangeiros podem, hoje, ter no máximo 60% das ações de uma empresa de comunicações. Na Austrália, 30%, no Canadá, no máximo 46%, na Inglaterra, as ações de estrangeiros não podem ultrapassar as ações dos britânicos, no Japão, a participação de estrangeiros é limitada a 20% e nos EUA, 25%.

No Brasil, a Constituição determina que a participação estrangeira em empresas de comunicação deve ser de no máximo 30%. No entanto, o capital estrangeiro encontra brechas para invadir o terreno das comunicações no País. Como no caso do grupo sul-africano Naspers, por exemplo, ligado ao apartheid, e que comprou uma parte da Editora Abril, que publica a revista Veja. Ou o caso do portal Terra, que pertence à espanhola Telefónica.

Durante as eleições, todo trabalhador minimamente informado percebeu que todos os grandes monopólios da imprensa estiveram em uma verdadeira cruzada contra o PT, defendendo abertamente a candidatura de Aécio Neves (PSDB). Esses grandes monopólios são representados pelos maiores inimigos do povo: Rede Globo, revista Veja, Folha de S. Paulo, Estado de São Paulo, SBT, Bandeirantes, jornais como Zero Hora e Correio Braziliense, entre outros. São órgãos de imprensa financiados pelos grandes capitalistas internacionais ligados ao imperialismo norte-americano em primeiro lugar.

Apesar de frequentemente capitular diante do imperialismo, como na postura tímida que tomou diante da crise na Ucrânia, com essa medida o governo nacionalista burguês de Vladimir Putin confronta diretamente os interesses imperialistas dentro da Rússia.


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