A mídia burguesa sempre teve certa autonomia, no entanto agora não, dependem diretamente dos poderes econômicos; de fato, com esta crise econômica a nível mundial se apropriaram de quase todos os meios de comunicação e os configuraram para seus próprios interesses socioeconômicos; a liberdade e a autonomia jornalísticas foram anuladas no sagrado nome do deus mercado. Nos conselhos de administração dos meios se sentam os grandes bancos onde mandam a estratégia a ser seguida.
Mas cruzaram a linha vermelha da manipulação com a obsessão por apoiar a criminosa conduta dos governos ocidentais e sobretudo o comportamento de Obama e seu império de terror contra Cuba, Venezuela, Bolívia, Oriente Médio e Eurásia em suas tentativas de justificar o golpe de Estado em Kiev e as tentativas em outros países. A influência desses meios de comunicação ocidentais é tal que pretendem mudar a opinião social e aprisioná-la por seu pensamento único como a única alternativa possível. Tarefa quase impossível em um mundo multipolar onde a consciência tem um papel importante na hora de determinar o justo e o injusto, com as referências históricas de acontecimentos passados onde a razão mostra o comportamento dos valores pouco éticos desenvolvidos pelo imperialismo e as desastrosas políticas executadas com total impunidade, situando-a fora do contexto da legalidade internacional.
Muitas questões para analisar as condutas criminosas elaboradas pela potência imperialista estadunidense e a falta de decisão da União Europeia que somente se esquiva e não apresenta resistência diante dos fracassos sucessivos das políticas que Washington realiza e a fraqueza que lhe causa.
Quando os meios de comunicação pretendem influenciar a opinião social/mundial, caindo na manipulação da realidade que outros meios alternativos não compartilham e que difundem com total clareza de detalhes mais próximo da objetividade do que da mentira, é quando esses meios cruzam a linha vermelha, criando colunas de opinião diferentes que causam pouca credibilidade.
Os acontecimentos surgidos depois do 11 de setembro e a imparável máquina de matar adotados por Washington e a coalizão criada para combater o terrorismo internacional, invadindo países soberanos, é somente uma desculpa com fins geoestratégicos que criou apenas caos, aumento do terrorismo que eles mesmos financiam, diminuindo significativamente a segurança internacional, convertendo todos os cidadãos em escudos humanos.
Em sua obsessão obscena, esses meios de comunicação pretenderam justificar o golpe de Estado em Kiev contra um governo legítimo e o início de um governo nazista com a ajuda de EUA-UE, que até hoje causou mais de 2 mil vítimas mortais e cerca de um milhão de refugiados.
As turbulências opositoras na Venezuela foram criadas e financiadas por Washington com a intenção de derrubar o governo legítimo nascido das urnas e colocar um títere como em Kiev. No entanto essa mídia não cansava de repetir que amplas massas de cidadãos estavam contra o Presidente Maduro e iam para as ruas, onde estavam sendo reprimidos criminosamente, coisa totalmente incerta já que os que assassinavam eram a oposição junto ao narcotráfico da Colômbia como ficou bem claro, assim que "o tiro saiu pela culatra" de Washington.
Se formos ao Oriente Médio, é mais do mesmo, a mesma cobertura midiática que esbanja suas capacidades de mentira e manipulação.
As consequências são evidentes: fracassos após fracassos que a deriva imperialista nos fornece dia a dia, instabilidade no sistema-mundo, ciclos econômicos de estagnação que o mesmo sistema capitalista reproduz violentamente aumentando a pobreza e o resultado de uma possível explosão social.
A adoção do neoliberalismo como única alternativa é capaz de engendrar verdadeiros monstros que ameaçam a convivência pacífica dos povos, diante de tanta impotência os estados-nação que deixaram de funcionar e estão ameaçados de extinção. Busca-se a conveniência de que o poder popular tome a iniciativa de reger os destinos dos povos por meio de conselhos operários e assembleias constituintes, onde a cidadania tome o protagonismo político que deveria configurar a única alternativa possível.