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539px-Buk-M1-2 9A310M1-2Ucrânia - Manifesto 74 - [Andre Levy] Já começam a chover notícias que o voo da Malásia Airlines que sobrevoava a Ucrânia a 10 quilómetros de altitude foi abatido por um míssil.


A morte dos passageiros é inquestionavelmente trágica. 
 
Mas já começa a chover insinuações e dedos apontados, vídeos supostamente fazendo uma ligação entre "separatistas" russos e o governo russo, que criam um sério risco deste incidente se tornar numa última gota que fez transbordar o copo, transformando o conflito na Ucrânia em algo mais vasto. Há necessidade de um inquérito, transparente. Mas também que a cobertura da comunicação social possa ser isenta e crítica, e não meros porta-vozes governamentais ou de interesses monopolistas. O exemplo da escalada entre o 11 de Setembro e a invasão do Iraque, com mentiras e manipulação papagueada ruidosamente pelos media dominante, é motivo suficiente para que as especulações e acusações, com alegado suporte, que já andam a circular sejam recebida no mínimo com perguntas.

A cobertura da situação na Ucrânia já não premeia pela isenção de factos e linguagem, começando pelo mascarar do peso das forças de extrema-direita e nazis no golpe do início do ano, seu papel no actual governo, suas campanhas de intimidação e violência. Com isto não estou a passar qualquer atestado de benevolência às acções violentas por parte de ucranianos de etnia russa, apenas a recordar como o tratamento das partes em conflito por parte dos média ocidentais não tem sido imparcial, ou para ser mais directo e evitar a dupla negativa, como têm sido parciais.
 
Uma questão a estabelecer é quem foi responsável pelo abate do avião, e se houve algum apoio ou cobertura por parte de governos estrangeiros. Ora, já vou vendo por extenso acusações de que foram "separatistas", o DN já refere que o «Serviço de Segurança Ucraniano publicou gravações de áudio, cuja veracidade não foi possível comprovar pelos media ocidentais, entre rebeldes pró-Rússia e militares russos». A Ucrânia acusa os russos e Rússia, idem os falcões nos EUA, incluindo a Hillary Clinton (falcões que enfrentavam dificuldades recentemente em prosseguir a sua ofensiva contra a Rússia). Posso ser acusado de cinismo face à tragédia, mas não engulo esta facilmente. E nem seria preciso para tal recordar as evidências de que foram forças de extrema-direita que abateram a tiro manifestantes na praça Maiden, para depois acusar as então forças de governo.

Um conselheiro do Ministro do Interior Ucraniano, Anton Gerashenko, acusa Putin de cinismo, mas informou também que o voo comercial foi atingido por um lançador de misseis Buk (ver foto). Ora não estamos portanto a falar de um lançador de granadas nem de um sistema anti-míssil portátil, que as forças russas na Ucrânia têm efectivamente usado durante os recentes conflitos para atingir helicópteros e aviação militar. Tais armas não seriam capazes de chegar à altitude do voo MH17. Estamos a falar de um sistema que não é típico de um força miliciana. Que não atravessa facilmente uma fronteira sem detecção (caso a Rússia tenha fornecido os "separatistas" como alegado). A confirmar-se ser este sistema o responsável, a sua proveniência será fácil de estabelecer. Venha o inquérito, mas que prevaleçam as cabeças frias.

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