O regime turco controla já o uso e a publicaçom de conteúdos na rede, com numerosas páginas e serviços bloqueados, mas a aprovaçom de umha lei específica para legalizar a censura provocou neste sábado umha importante resposta dos movimentos sociais em Istambul.
Como é habitual, a polícia mandada polo governo islamista reprimiu com dureza os protestos da populaçom, produzindo-se respostas defensivas de numerosas pessoas participantes na mobilizaçom de Istambul.
Mangueiras de água a pressom, bolas de borracha e outros recursos repressivos de choque fôrom utilizados polas forças repressivas contra o povo nas principais ruas de Istambul.
Por trás dos protestos está a pretensom do governo de poder bloquear diretamente webs e violar a privacidade das pessoas sem qualquer intervençom judicial. Também prevê obrigar as companhias a armazenarem e entregarem ao governo os dados relativos à utilizaçom da internet por parte dos cidadaos e cidadás turcas.
O governo autoritário e religioso encontra-se, além do mais, numha situaçom difícil polos sucessivos escándalos de corrupçom que tenhem saído à luz pública nos últimos tempos, o que ajuda a aumentar os protestos populares apesar da violência policial.
Paradoxalmente, o primeiro-ministro Erdogan apelou a umha internet "mais segura e livre" para justificar a sua lei de controlo governativo da rede, já aprovada no parlamento turco. Acrescentou que, concretamente, a rede social twitter é um "tormento" que deve ser combatido polo Estado turco.
Erdogan considera que o uso livre da internet representa umha "ameaça", vista a sua utilizaçom nos últimos meses por parte da oposiçom política e polos movimentos sociais opostos às políticas reacionárias do governo islamista.
A corrupçom generalizada do sistema político-institucional turco, com vários ministros e outros altos cargos envolvidos em práticas corruptas, alimenta o descontentamento expressado neste sábado na principal cidade da Turquia.