1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (2 Votos)

ultima RTVVPaísos Cataláns - VilaWeb - [Tradução do Diário Liberdade] Hoje a polícia e a 'comissão liquidadora' acedeu e fechou a RTVV, depois duma resistência de doze horas dos trabalhadores e trabalhadoras. O País Valencià fica sem mídia pública no seu próprio idioma.


Às 12:19 (29 de Novembro) a emissão da Ràdio i Televisió Pública de València (RTVV), também conhecida como Canal 9, foi interrompida indefinidamente. A 'comissão liquidadora' entrou no edifício acompanhada dum grande número de polícias e fechou a entidade, enquanto os trabalhadores e trabalhadoras berravam desde o estúdio palavras de ordem contra o governo do Partido Popular, como por exemplo "isto é um golpe de estado", no que é entendido como uma manobra política disfarçada de escusas económicas.

Pouco antes, o julgado de instrução número um de Paterna ordenava o despejo imediato das instalações do centro emissor de Burjassot. O TSJPV (tribunal superior de justiça de Valência) comunicou através da sua conta em Twitter que "se o despejo da RTVV não se produz de forma imediata e voluntária, o despejo do edifício terá lugar pela força policial".

Os trabalhadores e trabalhadoras resistiram

O governo valenciano, em mãos do Partido Popular, tentara fechar a RTVV esta passada noite, mas a resistência dos trabalhadores e trabalhadoras impediu-no. De facto, tinham estado resistindo e emitindo ao vivo de forma continuada durante 12 horas. Ainda assim, no final não puderam evitar a desconexão de Ràdio 9, feita por surpresa à meia-noite por meio de acção policial. Outra emissora pública, Sí Ràdio, foi quem de continuar emitindo, apesar de os trabalhadores e trabalhadoras receberem um correio-e onde foram informadas que dispensavam acudir aos seus postos de trabalho. Este mesmo pessoal mobilizou-se às 3 da madrugada para continuarem a emissão de Sí Ràdio por internet, algo que também conseguiram momentaneamente de manhã através das frequências habituais.

A presença policial na central da empresa fazia prever que o feche total seria rápido, mas a operação não estava bem preparada. Na porta, especialmente no centro emissor de Burjassot, houve uma concentração de pessoas à quem lhes barraram o passo; contudo, perante a chegada de um deputado, a polícia abriu as portas, o que centenas de trabalhadoras aproveitaram para acederem ao prédio. Começava assim uma noite muito longa, onde mesmo o operário técnico ordenado de fechar a emissão esta manhã negou-se a face-lo: "A minha consciência diz-me que não o desligue", declarou.

Pouco antes das cinco da manhã, o presidente do comité de empresa, Vicent Misfud, fora requerido pela polícia espanhola para se apresentar no centro Burjassot, com o mandato de fechar as emissões. O jornalista respondeu que não seriam os trabalhadores e trabalhadoras quem fecharam a RTVV.

Com o feche efectivo da RTVV, e proibição governamental anterior de o País Valenciano receber sinal televisivo da Catalunha, este território de fala catalã fica, de facto, sem nenhum médio público no seu próprio idioma.

 


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.