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010912 midiaGlobal Research - [Ross Ruthenberg, traduçom do Diário Liberdade] Os principais meios de comunicaçom utilizam muitas palavras e frases feitas nas suas informaçons que fôrom especificamente escolhidas, seja polos media ou qualquer outra fonte, para tergiversar ou distorcer os contextos em que estas palavras som aplicadas.


Infelizmente, os meios alternativos amiúde recolhem essas palavras (ou frases) que som usadas nas suas próprias comunicaçons sem a devida consideraçom pola perpetuaçom das distorçons e tergiversaçons.

Alguns exemplos incluem:

"Balas de borracha"

A imagem apresentada ao público é de umha inofensiva bola de borracha a bater nos manifestantes para uso no controlo de aglomeraçons de pessoas e que provoca umha sensaçom de ardor. Este nom é o caso, de nengum modo; em troca, ficam sob a categoria de arma nom-letal se forem usadas de modo correto, por exemplo, nom lançadas à cabeça. Para umha melhor compreensom, veja aqui [1]. No mínimo estas deveriam ser chamadas borradas cobertas de bala. Mais ainda o uso de "borracha" causa distorçom. Melhor seria "balas de aço fortemente revestidas". Também gostaria de observar que com umha velocidade inicial (a que normalmente tem as espingardas de fogo) e suficientemente perto, praticamente qualquer matéria poderia ser letal. O melhor exemplo seriam os tornados cravando palhas nos troncos das árvores e golpes às paredes dos edifícios.

"Gases lacrimogéneos"

Ainda que as lágrimas fossem a primeira reaçom humana a este gás quando foi inventado, a toxicidade do atual gás CS [2] é consideravelmente maior, ao provocar todo o tipo de reaçons negativas no aparelho respiratório, nos olhos, pele, etc. O seu caráter nom-letal foi também amiúde evidenciado como falso. O Gás CS é comummente o mais usado e a expressom "Gás CS" poderia ser utilizada em lugar de "gás lacrimogéneo", ou quiçá inclusive melhor, "Gás tóxico CS".

"Colonos"

Este termo costuma ser utilizado por Israel para representar os Israelitas apoderando-se do controlo de terras que som propriedade dos palestinianos, sem compensaçom nengumha. Segundo esta definiçom, um pode chegar à casa do vizinho no momento em que este está de férias e demandar proteçom moral e legal como "colono". O uso decidido deste vocábulo tem a sua origem nos EUA quando os europeus colonizárom as terras dos índios na sua expansom para o Oeste, insinuando (muitas vezes livremente) que as terras estavam totalmente "desocupadas" e povoadas só por "selvagens". Um termo mais apropriado poderia ser "ladrons" de terras, "espropriadores de terras" ou "exploradores políticos".

"Terroristas"

Tecnicamente, para se ser terrorista, um deve premeditadamente gerar ou empreender a geraçom de terror entre a populaçom. Mas o conceito foi totalmente prostituído polos governos, indivíduos e organizaçons que o usárom para tirar benefício em funçom dos sues próprios interesses, especialmente desde o ano 2001. Umha agência do governo pode livremente afirmar se um indivíduo, grupo ou organizaçom som terroristas. Mas o terrorismo está nos olhos de quem vê. Os Afegaos provavelmente seriam aterrorizados por soldados da NATO com ataques nocturnos nas suas casas, mas os ocidentais nom vam denominar a NATO umha organizaçom terrorista. Mais um exemplo pode ser que Gaza e a Cisjordánia estám os dois carregados de terroristas, enquanto que Israel parece nom ter nengum, apesar de ter matado muitos mais palestinos que ao contrário. Este caso é o mais difícil para encontrar melhor terminologia, assim talvez deva aconselhar-se sempre o uso de algum adjetivo, como "os terroristas reivindicados polos EUA", "terroristas encobertos", etc. Ou simplesmente tentar minimizar a utilizaçom da palavra "terrorista" e encontrar alguma outra caracterizaçom mais apropriada como "soldado" etc.

"Defesa"

O exército norte-americano era no passado o Departamento de Guerra. Agora é o Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DOD); ainda assim, estaria bem dito se fosse chamado mais apropriadamente o Departamento de Ofensas. Qualquer esforço militarista é normalmente melhor retratado como defensivo que como ofensivo, dependendo da fonte, para desfrutar de umha melhor imagem. Por exemplo, o exército e a responsabilidade da segurança na Síria devem actuar defensivamente (em contra dos mercenários) mas os seguidores dos mercenários etiquetaram qualquer movimento do governo sírio como uma ofensa, por exemplo "ataques contra a sua gente". Melhores denominaçons que "defesa/defensivo" poderiam-se empregar em geral "ofensivo", "repressom", "opressom", etc. Também poderia ser usada umha terminologia mais neutral como "reactivo" ou "em reacçom a". O Departamento de Defesa deveria ser o Departamento de Ofensa, assim como o as Forças de Defesa de Israel passar a ser as Forças de Ofensa de Israel.

"Inteligente"

Usada cada vez com mais frequência, como no caso da "bomba inteligente". A definiçom de inteligente inerentemente integra ou assume astúcia, mas o atributo à inteligência só pode ser conferido aos animais, especialmente aos humanos (ainda que a sua inteligência seja normalmente questionável). Na maioria dos casos, a palavra "inteligente" aplica-se aos objetos formados por algum tipo de computador. Mas os computadores nom podem pensar e nom som inteligentes… som simples máquinas guiadas por códigos. Uma "bomba inteligente" é umha atribuiçom imoral do adjetivo. Por que nom som todas as outras "bombas tontas"? Seria mais correto dizer umha "bomba dirigida", mínimo no contexto em que umha pessoa pode questionar o como de bem foi guiada. Deste modo, quando utilizamos "inteligente" parece que temos aceitado umha conceçom biónica de forma que a bomba é inteligente ou nom (tonta?).

"Manifestantes", "militantes", "insurgentes", "ativistas", "rebeldes", "extremistas", "radicais" etc. 

Desde o momento em que todas estas palavras estám baseadas geralmente na descriçom do que um está a fazer, fica mui confuso dizer ou chamar a umha pessoa militante quando aquele dia contrariamente está a ser um manifestante. Ser iraniano, homem ou cristão, (etc.) nom som descriçons das açons; é impossível que tu podas estar "iraniando". Assim, por definiçom, tais caracterizaçons, além de serem (normalmente de modo premeditado) embrulhadas e confusas, poderiam ser corretas um dia e tornarem incorretas a semana seguinte. E um manifestante poderia bem ser ao mesmo tempo um militante, manifestante e ativista. É umha pena que nom haja umha só palavra que integre todas elas. De novo, o uso de adjetivos pode ajudar neste caso: "os manifestantes" seriam descritos mais claramente como "manifestantes pacíficos"; "insurgentes" ganharia clareza se fosse descrito como "cidadaos insurgentes pobremente armados", etc.

Ross Ruthenberg é um analista político de Chicago. rossersurf@comcast.net  

Notas

[1] http://www.youtube.com/watch?v=rTx4vbTYr-w  

[2] http://en.wikipedia.org/wiki/CS_gas

Traduçom de Ana Sánchez para o Diário Liberdade


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