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080116 aegean1660Palestina - Opera Mundi - Cerca de 70 passageiros alegaram 'preocupação com segurança' em voo de Atenas a Tel Aviv e pediram que um árabe com cidadania israelense e um palestino com visto de residência em Israel fossem retirados da aeronave.


Autoridades palestinas exigiram, nesta quarta-feira (6), uma reação do governo da Grécia após dois passageiros, um árabe-israelense e um palestino, abandonarem um voo da companhia aérea grega Aegean a pedido de judeus israelenses que estavam a bordo.

Segundo relatos da imprensa israelense e a própria companhia, o incidente ocorreu em um voo que partia de Atenas em direção a Tel Aviv no domingo (3) à noite. Alguns passageiros alegaram "preocupação com a segurança" do voo e pediram que os dois passageiros, um árabe com cidadania israelense e um palestino com visto de residência em Israel, fossem expulsos da aeronave. Os documentos de ambos foram checados novamente por agentes de segurança gregos e não foram encontradas irregularidades. O protesto entre os passageiros judeus israelenses, contudo, escalou, e entre 60 a 70 pessoas se recusaram a tomar seus lugares enquanto os dois não fossem retirados do avião. 

"O piloto declarou que quem não se sentisse seguro poderia desembarcar, mas não seria recompensado. Nesta altura, porém, os dois homens estava arrasados e decidiram eles mesmos abandonar o avião", declarou uma porta-voz da companhia aérea. A empresa diz ter pago a estadia dos dois passageiros por mais uma noite em Atenas e tê-los recompensado pelo incidente, mas não especificou tal compensação. Eles embarcaram em outro voo para Israel na segunda-feira.

Segundo o jornal Times of Israel, muitos árabes-israelenses se autoidentificam como palestinos. O secretário-geral da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), Saeb Erakat, se referiu aos dois homens como palestinos ao cobrar uma ação do governo da Grécia sobre o episódio.

 “Estamos escandalizados com o tratamento de discriminação e preconceito que os dois palestinos receberam da tripulação da companhia Aegean. Nós pedimos que o governo da Grécia aja com vigor contra este ato racista, inclusive compensando os dois passageiros palestinos. Este comportamento terrível por parte dos passageiros israelenses é remanescente dos piores anos do apartheid sul-africano”, declarou Erakat.

A Aegean emitiu um pedido formal de desculpas na terça-feira (05/01). “Nós agradecemos novamente os dois passageiros que concordaram em desembarcar por sua compreensão e colaboração, e nos desculpamos por todo o episódio, que foi extremamente infeliz”, dizia a nota.

Um dos passageiros que exigiu a saída dos dois homens da aeronave justificou as ações do grupo de judeus israelenses dizendo que os dois eram "assustadores" e que ele e outros passageiros acharam que eles fossem terroristas. "Temos direito de expressar nossa preocupação", declarou ele, identificado apenas como Nissim, a uma rádio israelense. "Ninguém comentou a etnia deles ou foi racista; nós expressamos nossa preocupação de maneira objetiva, como quando você vê alguém na rua e fica em alerta."

O secretário-geral da OLP classificou o incidente como “injusto e vergonhoso”. Um oficial do governo palestino disse à AFP que o caso será discutido com diplomatas gregos.


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