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botinEstado espanhol - Diário Liberdade - O próprio banco informou da morte do seu presidente, o banqueiro espanhol, filho e neto de banqueiros, Emilio Botín.


Imediatamente, meios públicos e privados ao serviço da burguesia dominante no Estado espanhol pugérom em andamento a maquinaria de propaganda para louvar os "feitos" do personagem. Também o presidente do governo e o chefe da oposiçom, Mariano Rajoi (PP) e Pedro Sanchez (PSOE) se mostrárom muito afetados. Inclusive os dirigentes de CCOO e de UGT, assim como o de Izquierda Unida, Cayo Lara, transmitírom os "pêsames" à família do considerado verdadeiro "chefe do estado".

Morto por enfarte aos 79 anos, Emilio Botín ocupou a liderança do Banco Santander em 1986, sucedendo ao pai. A filha perfila-se já como 4ª geraçom da família Botín à frente da grande entidade financeira espanhola, espalhada por numerosos países e integrante do verdadeiro poder oligárquico na sombra do Reino de Espanha.

O Banco Santander anunciou já que, "consoante os estatutos", ainda hoje haverá umha reuniom em que será designada a nova ou novo presidente do conselho de administração da poderosa entidade.

Maior entidade da Península Ibérica e décima mundial

Considerada a maior instituiçom bancária da Península Ibérica e com dimensom significativa entre as maioires da Europa e da América Latina, o Banco Santander adquiriu importante poder também nas finanças de Portugal, com a aquisiçom do Banco Totta e Açores e do grupo Champalimaud, dando origem ao atual Banco Santander Totta, que integra o grupo dos cinco maiores bancos portugueses.

Porém, o Brasil é o país onde o Santander tem maiores lucros, segundo declarou recentemente o ex-presidente Lula, que afirmou: "Nom tem lugar no mundo onde o Santander esteja ganhando mais dinheiro que no Brasil". O facto é que o lucro líquido do Santander Brasil foi de R$ 5,7 mil milhons, com queda de 9,7% em relaçom ao ano anterior. 

Recentemente, e em plena pré-campanha para as presidenciais brasileiras, o banco Santander comunicou aos seus e às suas clientes que se a presidenta Dilma Rousseff melhorasse nas pesquisas de intençom de voto, os juros e o dólar iriam subir e a Bolsa tenderia a cair. A sua intervençom na política do país a favor da direita opositora às portas de umhas eleiçons provocou umha queixa formal do governo  brasileiro.

A entidade de Botín comprou bancos e expandiu-s também no Chile, Colômbia, Peru, Venezuela e México de maneira significativa, situando-se como a décima entidade bancária em capitalizaçom bolsista.

Corrupçom, extorsom, tentáculos políticos e mediáticos

 No caso do Estado espanhol, o Banco Santander tem protagonizado nos últimos anos a maioria dos despejos judiciais ordenados contra pessoas incapazes de pagar as hipotecas abusivas da entidade, colaborando na pauperizaçom em curso durante os anos de crise que se estendem até hoje. Também na Galiza, onde o Santander se significou como um dos protagonistas do roubo das preferentes, continuando os conflitos judiciais derivados do engano massivo a milhares de galegas e galegos.

A sua cabeça visível, Emilio Botín, era um dos elementos mais poderosos da oligarquia financeira espanhola, cuja fortuna familiar é incalculável nom só pola enorme quantia, mas porque está oculta e impenetrável em entidades da Suíça.

Autoritário e reacionário, Botín declarava abertamente a necessidade de desregular tanto o mercado laboral como o financeiro, como via de enriquecimento da sua classe numha fase em que o capital financeiro já é hegemónico no processo de acumulaçom de capital a nível mundial. O Banco Santander é considerada umha das 10 maiores por valor em bolsa do mundo, acima dos 83.000 milhons de euros.

Os tentáculos do Santander no Estado espanhol estendem-se ao ámbito mediático, com um peso determinante no Grupo Prisa (jornais como El País, emissoras de rádio como a Cadena Ser, canais de televisom como Telecinco, Cuatro...), mas também domina o ámbito político, como tem mostrado através de créditos aos grandes partidos e da contrataçom de ex-dirigentes como o que foi líder do PP basco, Antonio Basagoiti, incorporado como diretivo do Santander no México, ou anos antes o ex-ministro do PP e delinqüente financeiro Rodrigo Rato. Durante as últimas décadas, tem mantido umha importante capacidade de pressom sobre o poder político-institucional do Estado espanhol, incluído o seu "amigo" Juan Carlos de Bourbon.

Sempre protegido das acusaçons de envolvimento em grandes negócios financeiro-mafiosos a nível internacional, mesmo periodicamente financiado polo Banco Central Europeu para lhe evitar problemas em momentos delicados da crise financeira, o Banco Santander tem garantida a sua posiçom hegemónica com quem venha suceder o seu falecido presidente.


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