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Wikileaks vai publicar 3700 documentos "sensíveis e polémicos" sobre Israel

261210_IsraelIsrael - Jornal de Notícias - O fundador do WikiLeaks anunciou, numa entrevista difundida pela cadeia de televisão árabe Al Jazeera, que o seu portal irá publicar 3700 documentos "sensíveis e polémicos" sobre Israel dentro de quatro a seis meses.


"Ainda estamos a espera de publicar documentos sobre Israel, a grande maioria ainda não foi publicada e são polémicos", afirmou Julian Assange, precisando que até ao momento apenas foram divulgados 1 a 2 por cento dos telegramas relacionados com Israel.

De acordo com Assange, tratam-se de documentos "sensíveis e polémicos" sobre a guerra entre Israel e o Líbano em 2006 ou que abordam o homicídio do alto quadro do Hamas Mahmud al-Mabuh, em Janeiro no Dubai, que foi atribuído aos serviços secretos israelitas (Mossad).

O fundador do Wikileaks, portal que em finais de Novembro começou a divulgar 250 mil telegramas diplomáticos norte-americanos, precisou que os documentos confidenciais a divulgar "têm Israel como origem".

"Temos dependido até agora dos cinco grandes jornais mundiais (que tiveram acesso antecipado a todos os documentos do WikiLeaks). O que tem sido publicado reflecte os interesses desses diários, mas não o que nós consideramos importante", salientou Assange.

É por isso que "vamos publicar todos os documentos à disposição do Wikileaks, o que deverá demorar quatro a seis meses", acrescentou.

O fundador do WikiLeaks negou a existência de qualquer acordo com Israel para não publicar os documentos secretos sobre o Estado judaico, bem como as alegações de que teria mantido contacto com os serviços de informações israelitas.

"Não temos tido nenhum contacto directo ou indirecto, mas supomos que os serviços secretos israelitas observem de perto o que fazemos", afirmou Julian Assange, explicando que apesar de estes serviços não terem feito nenhuma tentativa para se aproximar de actuais colaboradores, o tentaram fazer "com antigos membros da organização".

De acordo com telegramas diplomáticos norte-americanos divulgados esta semana pelo Wikileaks, membros do Fatah, do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, terão pedido a Israel para atacar o movimento rival Hamas em 2007.

Estes documentos confidenciais também apontam para uma colaboração estreita entre Israel e forças leais a Abbas, quando militantes do Hamas invadiram a Faixa de Gaza há três anos.

O Fatah desmentiu de imediato estas alegações, que considerou uma "conspiração" do Shin Bet (serviços secretos internos israelitas) para dividir o partido.


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