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Católicas fazem teatro de rua pela legalização do aborto!

210511_teatro-catolicas-abortoBrasil - ULF - ONG usa a arte para sensibilizar população paulistana sobre os direitos das mulheres e a questão do aborto


A ONG feminista Católicas pelo Direito de Decidir tem usado a arte para sensibilizar a população sobre os direitos das mulheres. Em 2010, a organização desenvolveu projetos para informar as pessoas sobre questões acerca da violência contra as mulheres. Em 2011, com apoio do Fundo Social Elas, Católicas pretende usar recursos artísticos para incentivar a reflexão e o debate público sobre o aborto.

O tema, ainda polêmico, é considerado pelas autoridades da área da saúde e pelo Governo Federal como um problema de saúde pública no país que precisa ser acompanhado, estudado e tratado com seriedade. Apesar de importante, o tema é pouco debatido, o que gera dúvidas, insegurança e preconceito entre as pessoas.

Para tratar do assunto de forma educativa, a ONG fará intervenções teatrais em ruas da capital e da Grande São Paulo ao longo do ano, sendo que as primeiras apresentações acontecerão no dia 30 de Maio de 2011. As demais estão previstas para ocorrer em junho e setembro próximos. As performances, encenadas pelos atores do grupo teatral Impávida Troupe, abordarão questões do cotidiano relacionadas ao aborto legal ou inseguro como gravidez, maternidade, paternidade e acessos aos serviços de saúde.

Além de marcar presença nas ruas de São Paulo por meio da arte, a ONG mantém o blog 'Sede de Quê?' no qual são publicadas informações, notícias e artigos sobre o aborto no Brasil.

Por que falar sobre o aborto?

Nas últimas duas décadas, foram realizados muitos estudos e pesquisas sobre o aborto no Brasil. A mais recente delas é a Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), realizada em 2010, com mulheres entre 18 e 39 anos em áreas urbanas de todo o país. A pesquisa revela que mais de uma em cada cinco mulheres brasileiras já fez aborto (http://www.scielo.br/pdf/csc/v15s1/002.pdf), sejam elas católicas, protestantes, evangélicas ou de outras religiões. O estudo foi realizado pela Anis (Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero - http://www.anis.org.br/) e pela UnB (Universidade de Brasília - http://www.unb.br/) e financiado pelo Fundo Nacional de Saúde (http://www.fns.saude.gov.br/). Tal estimativa pode ser ainda maior se considerarmos que a pesquisa coletou dados somente no espaço urbano.

Vale lembrar que, de acordo com o Ministério da Saúde, uma mulher morre a cada dois dias em decorrência do aborto inseguro, que é a terceira causa de mortalidade de mulheres no Brasil, afetando principalmente as que são pobres, negras e jovens. Em algumas cidades como Salvador, o aborto inseguro é a primeira causa de mortalidade materna.

Embora os números sejam alarmantes, a população ainda é pouco informada sobre o tema e o debate é marcado por ideias e argumentos morais e religiosos que não contribuem para a garantia dos direitos das mulheres e a melhoria das políticas de saúde sexual e reprodutiva. Não à toa, tramitam no Congresso dois projetos de lei que, se aprovados, influirão negativamente na vida das brasileiras. Um deles é o Estatuto do Nascituro que impedirá a realização de abortos até em casos de estupro, oferecendo pensão alimentícia à criança; e outro é o projeto que defende a obrigatoriedade do cadastramento de gestante no diagnóstico da gravidez, obrigando-a a ter sua vida reprodutiva vigiada.

A ONG

Católicas pelo Direito de Decidir é uma organização não governamental feminista, criada em 1993, que busca justiça social, o diálogo inter-religioso e a mudança de padrões culturais e religiosos no Brasil que cerceiam a autonomia e a liberdade das mulheres, especialmente no exercício da sexualidade e da reprodução. A ONG desenvolve projetos pautados nos direitos das mulheres, na garantia da cidadania e autonomia feminina e na igualdade nas relações de gênero em nossa sociedade.

Serviço:

Quando:Segunda-feira, dia 30 de Maio de 2011.
Onde: as apresentações acontecerão em diversos locais na capital e Grande São Paulo.

Assessoria de Imprensa:
Alexandra Peixoto
E-mail: cddbr.alexandra@uol.com.br

Links de referência:

Blog Sede de Quê: http://sededeque.com.br/
Guia sobre aborto para jornalistas: http://abortoemdebate.com.br/arquivos/Aborto_Guia_comunicacao.pdf
ONG Católicas pelo Direito de Decidir: http://www.catolicasonline.org.br/
Patrocínio de Fundo Elas: http://www.fundosocialelas.org/
Pesquisa Nacional de Aborto: http://www.scielo.br/pdf/csc/v15s1/002.pdf
20 anos de pesquisa sobre aborto no Brasil: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/livreto.pdf


Redes Sociais:

http://twitter.com/sededq
http://www.facebook.com/sededeque

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Aborto: um tema que precisa ser discutido

O aborto é crime no Brasil, só não punido se a gravidez oferecer risco à vida da gestante ou for resultado de estupro. Uma em cada sete mulheres brasileiras em idade de ter filhos já fez aborto, mas as mulheres pobres são as que sofrem as piores consequências da criminalização dessa prática. Cerca de um milhão de abortos clandestinos são realizados todos os anos no Brasil, causando*:

- 602 internações diárias por infecção
- 25% dos casos de esterilidade
- 9% dos óbitos maternos
- A terceira maior causa para morte materna no Brasil
- A primeira causa de morte materna em Salvador

Criminalizar não resolve! Prender as mulheres ou deixá-las morrer com certeza não é a solução do problema. Precisamos modificar a legislação para salvar a vida a dignidade de tantas mulheres!


Prender ou cuidar das mulheres que abortam?

A nossa sociedade trata as mulheres como se elas fossem as únicas responsáveis pela gravidez e pelo cuidado dos filhos. É até bastante comum que um homem que não deseja ser pai abandone a mulher que ele engravidou, deixando-a arcar sozinha com as consequências do que os dois fizeram juntos. Isso parece justo?

As mulheres que querem continuar uma gravidez devem ter direito a fazer pré-natal e à licença maternidade. E as que querem interromper a gravidez deveriam ter direito a fazê-lo com segurança e sem serem maltratadas. Por isso é que o aborto deve ser legalizado. E, claro, todas as mulheres devem ter acesso a meios de evitar a gravidez, à educação e a emprego decente. Você conhece alguma mulher que já fez aborto? Você acha que ela deve ser presa? Pense nisso!

CATÓLICAS PELO DIREITO DE DECIDIR
APOIO: FUNDO ELAS

Saiba mais: www.sededeque.com.br e http://www.catolicasonline.org.br/


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