Tratou de me fazer ver que Lênin e o que representa já está morto. Que suas ideias fracassaram e que a humanidade, já tomou um outro rumo irreversível.
Lênin não esta morto. Lênin vive, e representa-o, não esta morrido porque nem sequer chegou a nascer. O sonho por uma humanidade mais justa, o sonho por uns homens e mulheres libertos da exploração odiosa do capitalismo e outras correntes, está mas arreigado do que nunca.
Não soubemos dar o passo adiante para esse novo tipo de humanidade, porque o género humano ainda não esta psicologicamente preparado. Faz falta um ser humano novo, melhor, com valores isentos de egoísmos, de afã de posse, de tentar estar sempre no mais alto da escada, solidário e com valores sociais novos.
Isso que se chamava "o homem-mulher novo". A Academia das Ciências da URSS dizia-nos que o socialismo cria ao homem novo e nada mais longe da realidade. O Che, em sua genial interpretação do que é o marxismo, corrigiu a estes burocratas do socialismo e o redefiniu, dizendo que "o homem novo cria o socialismo". Essa é a chave.
Enquanto o gênero humano não adotar uns valores realmente humanos e nos despojemos do machismo, do egoísmo, do afâ de possuir mais e mais coisas materiais, do patriarcado, da insensibilidade para setores humildes como os imigrantes, os despossuídos, e um longo et cetera estamos perdid@s. O capitalismo baseia seu sucesso e sua vitória precisamente nisso, em que ainda sobrevevive na maioria da sociedade mundial "o homem-mulher velh@"
Mas Lênin vive, sem dúvida. Vive em Otxarkoaga, num dos bairros mais humildes e trabalhadores de Bilbo. Com as pessoas excluídas socialmente.
Vive com o coletivo de pres@s politc@s basc@s, e com o resto de pessoas que sonhamos com a libertação nacional e social de Euskal Herria e de outros povos.
Lênin está com os jovens, e com l@s internacionalistas detenid@s, por lutar por um mundo melhor. Lênin está em Madri, com quem sai à rua e enfrenta o fascismo que assassinou Carlos e outras muitas pessoas.
Lênin esteve em Compostela e Barcelona, dizendo ao integrista papa, ex-nazi, que não o espera e que pegue o avião e volte por onde chegou.
Está em Cuba resistindo 51 anos de bloqueio, nas selvas da Colômbia enfrentando o Estado narco-fascista.
Lênin afronta as dificuldades, com a classe operária, e com os cortes sociais, que nos vai trazer o capitalismo. Vai a Atenas, a Paris, a Barcelona e põe-se em primeira linha de briga-a. Apontou-se à resistência palestina, iraquiana, afegã e de outros muitos povos.
Lênin é a mulher despojada de direitos em muitos países e não todos de religião islâmica. Odeia aos machistas e soma-se a todos os 8 de março no mundo inteiro.
Detesta os burocratas de tantos países que assassinaram a utopia. Mandaria fuzilar os dirigentes chineses por farsantes e a nova nomenclatura russa, por enganar tanto aprendiz que pensou que era vanguarda na luta pela utopia.
Lênin, a 14 de novembro, vai estar em Otxarkoaga por fim, porque é aí onde vive. Vive em Otxarkoaga e em muitos lugares humildes mais, e viverá por sempre, apesar daos que desde o mundo do capital quiseram apagar da memória sua figura e a quem se aproveitando de sua imagem, criaram um novo tipo de burguesia e de classe opressora.
No dia 14, homenageia-se Lênin em Bilbau e outros muit@s Lênins, que andam por este mundo odioso que nos criou o capital.
Que muitos Lênins subam e passem um bom dia.