O Sol online divulga que António Mota, presidente do Concelho de Administração do grupo Mota-Engil, no qual Jorge Coelho, ex-ministro do Partido Socialista, é CEO, leia-se presidente executivo, foi constituído arguido, sendo acusado dos crimes de fraude fiscal agravada e branqueamento de capitais no âmbito da Operação Furacão.
A Operação Furacão investiga suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais e teve início em Março de 2004. As primeiras buscas foram desencadeadas a 17 de outubro de 2005, dando origem a 13 processos. As mesmas foram dirigidas a vários grupos económicos, entre os quais o grupo Mota-Engil, grupo Soares da Costa, grupo Rui Costa e Sousa, Porto Editora e Texto Editora, a Loja do Gato Preto, a Empresa Madeirense de Tabaco de Horário Roque e Joe Berardo, a Media Capital, o grupo Amorim, a Visabeira e o grupo Estoril-Sol, aos bancos BES, BCP, BPN e Finibanco, consultoras e escritórios de advogados.
Esta é considerada como a "maior investigação ao crime de colarinho branco, jamais realizada em Portugal".
O processo envolve centenas de arguidos, alguns dos quais já suspensos provisoriamente após o pagamento integral das quantias em dívida ao Estado.
Até Abril de 2010, o processo originou 688 buscas e foram constituídos 506 arguidos.