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Os povos não se prendem

251010_GRECIAALEKAPAPARIGASECRETARIAGERALDOPARTIDOCOMINISTADAGRECIA3Grécia - O Diário - Declaração de Aleka Papariga.


O sistema político burguês a nível internacional aponta directamente ao coração dos movimentos operários e reforça ainda mais o arsenal para se proteger contra o se inimigo, isto é, o povo e a radicalização da sua luta.

O Conselho da Europa assumiu um papel específico na criação deste marco da repressão política e na coordenação dos estados membros nesta caminhada. Agora, é uma nova tentativa de atacar o movimento popular em nome da «luta contra o extremismo» que está em marcha. A Assembleia parlamentar do Conselho da Europa que se reúne no dia 5 de Outubro de 2010 votará um projecto de resolução que pretende legalizar o marco autoritário e antidemocrático que é promovido nos últimos anos pelos monopólios e o pelo seu pessoal político.

A Secretária-Geral do CC do KKE [Partido Comunista da Grécia], Aleka Papariga em declarações sobre esta resolução, sublinhou que:

«Este monstro chamado União Europeia e o Conselho da Europa decidiram votar na Assembleia parlamentar uma resolução que condena os povos que enfrentam a política dos monopólios e que resistem às decisões do capital. Condena-se apor extremismo, o que abarca tanto o posicionamento político e as palavras de ordem como as manifestações, as mobilizações e as greves.

Acreditamos que o que vai dizer-se é se a Assembleia Parlamentar dará um álibi à União Europeia para exigir que os Estados membros adoptem uma legislação que permita proibir a actividade dos partidos e, inclusive, a sua participação em eleições.

Deixamos claro qo KKE não rende perante ninguém. Consideramos que esta posição não se refere apenas aos membros, aos quadros, aos amigos e aos partidários do KKE. Refere-se a amplas forças populares e radicais que lutaram, fizeram greves, manifestaram-se; a forças que seguem um caminho que levantará obstáculos à política dominante na Grécia e contribuirá para um grande movimento de resistência e contra-ataque dos povos da Europa.

Estamos certos que esta posição não é uma posição estritamente comunista. Os que expressam a política da ND [Nova Democracia, partido de direita] e do PASOK [partido socialista] na Assembleia Parlamentar devem votar NÃO. Todavia, não sabemos o que pensam fazer.

De uma coisa estamos seguros, o povo grego e os povos da Europa vão anular esta resolução e que novas medidas bárbaras estão em preparação e também uma nova ronda de medidas que, nas condições de prolongamento da crise na Europa, tem como meta que, quando a Europa saia da crise, os direitos da classe operária estejam ao nível de há 50 ou 60 anos. Inclusive, se este projecto de resolução for aprovado no Conselho da Europa, estamos seguros que na Grécia não passará, graças à luta do povo.»

Em resposta a uma pergunta de um jornalista, A Secretária-Geral disse que:

«O autoritarismo, a repressão estatal e o anticomunismo estatal são realidade na Europa. É um facto que devido à resistência popular não lhes é fácil fazerem tudo o que querem. A nosso ver, esta atitude, isto é, o medo dos levantamentos populares, é proporcional à sua vontade de pôr em marcha uma política anti-social a qualquer preço. E mesmo nestas condições a competição entre eles será muito intensificada com a discussão de qual Estado, qual empresa para sacar a maior fatia dos lucros.

Consideramos, portanto, que a sua decisão reflecte a sua disposição de condenar o povo a um longo período de passividade. Eles procuram reprimir o movimento por todos os meios à sua disposição. No entanto, isto mostra a sua intenção de ultrapassar os limites para justificar esta atitude.

O KKE apela a todos os comunistas e partidos operários que estão representados no Conselho da Europa para que impeçam a adopção desta resolução e a lutar pela sua condenação popular.

04/10/2010

* Aleka Papariga é Secretária-Geral do Partido Comunista da Grécia (KKE)

Este texto foi publicado no site do Partido Comunista da Grécia (http://fr.kke.gr/)


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