Na capital, o alcance da paralisação foi massivo e não funcionou nenhum meio de transporte, igualmente permaneceram fechados hospitais e oficinas públicas, incluindo ministérios, museus, agências tributárias, escolas e universidades.
Os sindicatos informaram que cerca de 20 mil pessoas se congregaram em frente ao Parlamento, onde desde ontem se debate a aprovação de um novo pacote de reformas ao sistema de pensões.
Com panfletos que reclamavam outras soluções, os manifestantes chamaram ao levantamento da população contra as medidas que os sindicatos qualificam de ataque bárbaro às conquistas dos trabalhadores.
Milhares de pessoas convocadas pela Frente Militante de Todos os Trabalhadores (PAME), organismo sindical do Partido Comunista da Grécia, marcharam rumo ao Ministério do Emprego com cartazes nos quais exigiam que a plutocracia pague a crise.
Simultaneamente, outros grupos de manifestantes, cinco mil segundo a polícia, percorriam as ruas da cidade nórdica de Tesalónica, considerada a segunda em importância do país.
Os protestos transcorreram de forma pacífica e se dissiparam sem incidentes, precisou a mesma fonte.
O pessoal da aviação civil também se somou à greve de um dia, o que obrigou a anular 82 vôos nacionais e internacionais, e atrasar outros 110, indicaram as autoridades do aeroporto internacional de Atenas.
Todos os navios que comunicam o porto de El Pireo com as ilhas gregas do mar Egeo permaneceram nos estaleiros, enquanto que as empresas marítimas avisaram aos turistas que não sairiam até sexta-feira.
À convocatoria, lançada pelos principais sindicatos helênicos, somaram-se os jornalistas e técnicos dos meios de comunicação, fazendo com que Atenas sofresse um novo blecaute informativo.
A reforma do sistema de pensões foi aprovada por maioria parlamentar em sessão extraordinária, ainda que hoje vá analisá-la artigo por artigo.
A referida proposta fixa a idade média de aposentadoria em 65 anos, proíbe aposentadorias antecipadas e promove cortes nas pensões.