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Milhares nas concentraçons contra a política florestal que levou ao desastre das Fragas do Eume

gtizonpont.redimensionadoGaliza - Diário Liberdade - [Atualizado às 21:00h de 02.04.12] Todas as concentraçons convocadas na Galiza contárom com umha importante resposta do povo, que mostrou a sua indignaçom polo resultado dos cortes em orçamento, recursos e pessoal em matéria de luita contra os incêndios.


Foto: Concentraçom na praça do Concelho de Pontedeume, que ficou pequena para acolher a indignaçom popular. (Gabriel Tizón)

A principal concentraçom foi ao mesmo tempo umha assembleia, na praça do concelho de Pontedeume, que ficou cheia com a presença de centenas de pessoas. Ali deciciu-se constituir umha plataforma de organizaçons e pessoas em defesa das Fragas do Eume e por umha nova política florestal que combata a praga dos fogos que assola a Galiza.

Centenas de pessoas aderírom a cada umhas das outras mobilizaçons convocadas na tardinha de hoje: Pontedeume, Vigo, Corunha, Compostela, Ferrol, Ourense, Lugo, Ponte Vedra... para além doutras consideraçons, a unidade mostrada hoje na resposta ao conflito surgido no incêndio das Fragas do Eume mostrou a Galiza como umha naçom, capaz de se mobilizar polo que aparentemente foi um acontecimento local, ganhando assim dimensom nacional.

À espera de podermos acrescentar novas informaçons sobre a jornada de mobilizaçons, oferecemos já algumhas imagens das concentraçom em resposta à péssima gestom da crise provocada polos incêndios nas Fragas do Eume neste fim de semana.

(Clica no ícone do balom no canto inferior esquerdo para ver as legendas indicando a localidade de cada foto)


020412_eumeConcentraçons contra a atual política florestal e em defesa das Fragas do Eume, devastadas polo fogo

Atualizado às 14:00h de 02.04.12] Para hoje fôrom convocadas concentraçons em numeras cidades e vilas galegas, bem como a constituiçom da Plataforma em Defesa das Fragas do Eume em Pontedeume.

A terrível devastaçom causada polos fogos florestais nos últimos dias nas Fragas do Eume provocou umha certa reaçom social que tentará concretizar-se hoje por duas vias: a convocatória de numerosas concentraçons para exigir responsabilidades e medidas que evitem novos episódios como o vivido no Eume; e umha reuniom em Pontedeume para organizar umha Plataforma em Defesa das Fragas do Eume.

A Junta da Galiza, em maos do PP e máxima responsável pola preservaçom do Parque Natural destruído polo fogo, reconheceu já que a superfície queimada ultrapassa os 1.000 hectares. O fogo continua ativo e as avaliaçons e repulsas começam a produzir-se em catadupa, sem que até agora esteja previsto que nengum responsável político da catástrofe ambiental no noroeste galego vaia assumir qualquer responsabilidade polos factos.

Numerosos coletivos estám a difundir um grande número de convocatórias, reclamando umha outra política florestal que quebre com o domínio do eucalipto e, no caso das Fragas do Eume, o aumento do perímetro protegido para evitar o assédio dos eucaliptais e projetos espoliadores como o previsto para o Pico Velho, onde se originárom os incêndios deste fim de semana.

Oferecemos a seguir a lista de convocatórias que o Diário Liberdade compilou em diferentes sites:

Pontedeume, às 20 horas, reuniom para a constituiçom da Plataforma em Defesa das Fragas do Eume, na Cámara municipal.

Ferrol, 20.00 horas, praça do Concelho

Corunha, 20.30 horas, nos Cantons, ao pé do Obelisco

Lugo, 20.30 horas, em frente da Cámara municipal

Ourense, 20.30 horas, praça Maior, fronte à sede da Cámara municipal

Ponte Vedra, 20.30 horas, praça da Ferraria

Vigo, 20.30 horas, em frente ao Sireno

Compostela, 20.30 horas, praça do Obradoiro

Foz, 20.30 horas, diante da Delegaçom do Ministério das Finanças

Betanços, 20.30 horas, diante da Cámara municipal

Vila Garcia de Arouça, 20.30 horas, na Praça da Galiza

Ginzo de Límia, 20,30 horas, na praça Maior


foeume

Fragas do Eume destruídas: Mais de 750 hectares queimados e o incêndio continua

[Atualizado às 14:00h de 01.04.12] Faltando ainda umha avaliaçom final que só poderá ser feita quando o fogo acabar, circulam diferentes quantificaçons de um desastre anunciado.

O governo autónomo do PP admitiu 750 hectares destruídos polo fogo que continua sem ser controlado. Por seu turno, o presidente da Cámara da Capela, onde começou o fogo, afirma que som mais de 2 mil os hectares calcinados. A diferente estimaçom parece ter explicaçom no facto de que Rosa Quintana, conselheira do Meio Rual e do Mar, é do PP, enquanto Jaime Várzea, presidente da Cámara da Capela, é do PSOE.

Som já quase 24 horas de incêndio no Parque Natural das Fragas do Eume, a mais vizosa representante das florestas atlánticas europeias, mas totalmente rodeada da peste do eucalipto, trazida à Galiza com a cumplicidade das administraçons primeiro franquistas e depois monárquicas, com o PP como principal valedor. Nas últimas décadas, a paisagem da Galiza tem sido totalmente transformada polos monocultivos de eucaliptos destinados sobretodo à produçom de pasta de papel, enquanto os incêndios florestais se tenhem convertido num mal endémico ao qual nengum governo tem sabido fazer frente.

No caso das fragas do Eume, o incêndio surge em plena seca, com ventos de mais de 50 km por hora e com o pessoal das brigadas anti-incêndios reduzido em efetivos de maneira drástica polo governo do PP, dentro do programa generalizado de cortes económicos e sociais em andamento com a escusa da crise.

Enquanto o presidente da Cámara da Capela fala de "erros de coordenaçom" no combate ao fogo, o presidente da Junta, que finalmente falou, afirmou que vam procurar os responsáveis "com total intensidade". Na verdade, a procura seria bem fácil de fazer, pois os principais responsáveis tenhem escritórios oficiais em Sam Caetano, legislam em matéria florestal e dim ser os pais da democracia. Porém, sendo um deles o próprio Núñez Feijó, duvidamos que se produza qualquer apuramento de responsabilidades e seguramente a política florestal que provoca a destruiçom das florestas galegas continue inalterável.

[00.00 de 1.04.12] Fogo florestal destrói parte das fragas do Eume e avança sem controlo: O governo nom comparece

Mais de 200 hectares e, segundo algumhas fontes, até 2/3 do parque natural, terám sido calcinados polo fogo declarado neste sábado nas fragas do Eume, última mostra da floresta atlántica europeia que ainda nom tinha sido destruída polo espólio capitalista do nosso país.

Ao que todo indica, a exceçom foi devorada pola regra e as fragas do Eume ficarám desta vez reduzidas à mínima expressom. Convém lembrar que a floresta se encontra rodeada por eucaliptais que favorecem a extensom dos fogos, nomeadamente em tempos de seca prolongada como os que vivemos. Para além doutras consideraçons, revela-se impossível manter ilhas protegidas no meio de um oceano de eucaliptos como o que inunda a Galiza.

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Declarado "Alerta 1" e reduzidos os recursos humanos para o combate aos fogos

A declaraçom de "alerta 1" por parte da Junta da Galiza nom parece ter servido de grande utilidade na Capela onde, um incêndio de grandes proporçons e ainda sem controlo no momento de escrevermos estas linhas, devora parte do coraçom da floresta autóctone em torno do Mosteiro de Caaveiro. Seguramente porque, como tenhem denunciado os trabalhadores e trabalhadoras do setor, o pessoal anti-incêndios nom deixa de reduzir-se com a escuda da crise.

Umha densa cortina de fumo cobriu o céu entre Ferrol e a Corunha, enquanto os meios anti-incêndios da Junta mostravam a sua impotência para apagar um fogo de grandes dimensons que até ameaçou as áreas habitadas, obrigando a evacuar centenas de pessoas de numerosas casas. Em simultáneo, produzírom-se incêndios noutros pontos do noroeste da Galiza: Sam Sadurninho (Trasancos), Ortigueira (Ortegal) e as Pontes (Eume) registárom fogos alimentados polos fortes ventos e a fala de meios para encarar a crise por parte das administraçons públicas.

Também no interior do sul da Galiza, em concelhos como Entrimo, Aviom e Fornelos de Montes, ardêrom mais de 300 hectares ao todo, completando umha grande paisagem de destruiçom florestal em poucas horas, sem que os recursos para o combate aos incêndios tenham sido efetivos para evitar a destruiçom de centenas de hectares. A continuada reduçom do pessoal especializado na luita contra o lume florestal, denunciada polos sindicatos, é umha das chaves que explicam os efeitos devastadores dos incêndios após um inverno especialmente seco.

Contodo, o fogo mais grave é o das fragas do Eume, declaradas Parque Natural em 1997, e que vam da costa da ria de Ares até o município de Monfero, prolongando-se por umha suprefície de 9.125 hectares, 3.497 dos quais som floresta autóctone atlántica galega; 406 som massa de água e o resto, mato, cultuvio e pastiçais. A zona autóctone conta com espécies vegeais únicas, dentro de umha grande biodiversidade que inclui 23 espécies de árvores (carvalhos, castaneiros, bétulas, freixos, teixos...), bem como 126 espécies de animais vertebrados e 103 aves. Salientam os lobos, os gatos monteses, os javalis, corços, cevos, gamos e martas.

Quem vai responder pola responsabilidade no desastre? O Governo nom comparece

Meios de comunicaçom nacionais e internacionais informam sobre o incêndio nas fragas do Eume, devido à importáncia ambiental de um espaço único no continente europeu. A atividade económica incontrolada, permitida e mesmo alimentada polas administraçons públicas, tem reduzido progressivamente a extensom dessa floresta.

Agora, com um incêndio de grandes dimensons declarado que acelerará ainda mais a destruiçom da área, o Governo autónomo galego em maos do PP evitou comparecer para dar qualquer explicaçom. Seguramente assistiremos a mais um episódio de impunidad e nengum governante ou instituiçom pública responderá pola sua responsabilidade da preservaçom do património natural galego.


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