Os trabalhadores e trabalhadoras pertencem a Navantia e às empresas auxiliares do setor, e marcham desde terça-feira para, em três etapas, reclamarem carga de trabalho e viabilidade para o mais importante segmento de atividade empresarial da comarca trasanquesa, no noroeste galego.
Passando a primeira noite no pavilhom de desportos de Minho, ontem foi a segunda etapa, que chegou até Oleiros. Já hoje, às 10 da manhá, partírom para o centro da Corunha, contando com a adesom de milhares de companheiros e companheiras que se deslocavam hoje à cidade herculina para se manifestarem conjuntamente.
Por volta de 4 mil trabalhadores e trabalhadoras das fábricas de Ferrol e Fene realizárom os últimos quilómetros até a Delegaçom do Governo espanhol. muito próximo da Corunha, onde umha representaçom vai reunir com Samuel Juárez, representante do executivo espanhol na Galiza.
Destruiçom continuada de empregos sem reaçom institucional
Estima-se em 700 o número de empregos já destruídos nos últimos meses, com um ritmo acelerado que prevê um desastre ainda maior para os próximos meses até junho, podendo bater os recordes da terrível reconversom dos anos 80, que marcou o declínio de um dos setores mais importantes da indústria galega. À perda de milhares de postos de trabalho nas últimas décadas, soma-se a precarizaçom progressiva da qualidade do emprego, nomeadamente através das empresas auxiliares, onde as condiçons laborais som altamente precárias.
Entre as reclamaçons imediatas, encontra-se a construçom de um dique flutuante, pendente de confirmaçom, e que poderia trazer algum oxigénio imediato, evitando a liquidaçom no curto prazo do naval da comarca de Trasancos, que continua a arrastar as conseqüências da proibiçom de construir barcos civis, imposta pola Uniom Europeia graças ao assentimento do executivo espanho, contando com a cumplicidade do PP e do PSOE até hoje.