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Cerca de 60 mil norte-americanos foram esterilizados por serem ''indesejáveis''

200112_eugenicsEstados Unidos - Cubadebate - [Tradução do Diário Liberdade] Para fazer cumprir um projeto de "limpeza genética" que pretendia "melhorar" a raça humana, cerca de 60 mil afrodescendentes, pobres e pessoas abandonadas que residiam nos Estados Unidos, foram esterilizadas de forçosamente a fim de impedir que deixassem descendência.


Depois de 80 anos, o governo norte-americano lhes paga 50 mil dólares pelos "danos causados".

Uma reportagem publicada esta terça-feira pelo jornal americano Daily Mail, revelou um plano levado a cabo em 1930, cujo objetivo era a esterilização de pessoas que supostamente possuíam "genética indesejável" para os EUA, reportou a Telesul.

O jornal afirma que neste grupo de pessoas, estavam adolescentes de famílias numerosas e com poucos recursos, crianças com coeficiente intelectual baixo ou pessoas com problemas mentais e emocionais; que, segundo as autoridades, pioravam a espécie humana.

Com esta premissa, cerca de 60 mil pessoas em 30 estados, se viram obrigadas a realizar uma vasectomia ou uma ligadura de trompas, ou seja, uma esterilização que as impedisse de deixar descendência.

Segundo relata o Daily Mail, o plano foi esquecido e enterrado depois da Segunda Guerra Mundial, já que, para essa época, foi altamente criticado por se assemelhar demasiadamente com a "pureza racial" que buscavam os nazistas.

Argumentaram redução de custos em saúde

O jornal norte-americano indicou que para os autores do plano, não se tratava de algo maquiavélico, mas bastante benigno, pois segundo sua hipótese, ao final de várias gerações aplicando o método, a genética sobrevivente "permitiria" ao país reduzir custos em hospitais, diminuir a pobreza e faria dos americanos uma raça "superior".

Depois de mais de oito décadas de desenvolver a estratégia, as autoridades disseram contemplar o plano "com uma perspectiva totalmente distints em torno da eugenia (metodologia) aplicada", tanto que se questiona inclusive o trabalho de compensar as vítimas com dinheiro.

Nesse sentido, Charmaine Fuller Cooper, diretora executiva da Fundação pelas Vítimas da Esterilização da Carolina do Norte, assegura que não se pode medir em dinheiro, a vida de um bebê que não nasceu ou a depressão de uma mulher que jamais possa ter filhos.

Quanto a esta postura, se decidiu que cada afetado por este projeto, receberá em torno de 50 mil dólares em forma de compensação, com as autoridades enfatizando que não estão assignando preço à vida de ninguém, mas como um ressarcimento ao dano psicológico gerado nas vítimas.

Contagiaram outros com enfermidades

Além desta esterilização forçosa, o Governo norte-americano também empreendeu experimentos similares qualificados como desumanos, que incluíam contágio inadequado e desnecessário de enfermidades, a fim de encontrar diferentes reações a tratamentos.

Entre esses polêmicos estudos, inclui-se um experimento local no qual se infectou a quase uma centena de crianças de orfanatos com malária, para "investigar" a cura da infecção.

Semelhantemente, se conta outro programa no qual se permitiu a propagação de enfermidades venéreas em mais de 500 guatemaltecos, sem informação (nem às pessoas infectadas, nem ao Governo), tão somente para comprovar o uso da penicilina.

(Com informação de AVN)

Tradução de Cássia Valéria Marques para o Diário Liberdade.


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