São 3,7 milhões adolescentes que sobrevivem com até um quarto de salário mínimo per capita. “O direito de ser adolescente: Oportunidade para reduzir vulnerabilidades e superar desigualdades” é o título do relatório. Os dados são referentes aos anos de 2004 e 2009.
Segundo o coordenador de programas da Unicef para os estados de São Paulo e Minas Gerais, Sílvio Kaloustian, os números são intoleráveis, tendo em vista que envolvem grande parcela da sociedade.
Kaloustian lamenta que Brasil tenha piorado no que diz respeito ao indicador em relação à pobreza. Ele defende que o Estado deveria garantir a plena efetivação desses adolescentes como cidadãos.
Além de mostrar como vive a população brasileira nessa faixa de idade, o documento publicado pela Unicef sugere ações para atender a esta população, como desmistificar a ideia de que os adolescentes são sinônimos de problema.
A pesquisa também aponta que a situação dos jovens negros e indígenas é a mais preocupante. Um jovem negro, entre 12 e 18 anos, corre o risco quase quatro vezes maior de ser assassinado. Já um indígena, por exemplo, tem três vezes mais chance de ser analfabeto.