O desemprego, promovido pelas duas principais centrais sindicais, a CGTP/IN e a UGT, tem como objetivo denunciar as medidas de austeridade que se imporão à classe trabalhadora, que terão como consequência a recessão económica, o aumento da exploração e o empobrecimento generalizado da população.
Os atos de solidariedade terão lugar entre as 11.00 e as 12.00 horas nos consulados de Portugal em Vigo (rua Marquês de Valadares) e Ourense (rua Concórdia).
A CGTP descreve um panorama sócio-laboral desolador. Portugal tem o Salário Mínimo Interprofesional mais baixo da zona euro; 2.350.000 trabalhadores/as com salários inferiores aos 900€, de um total de menos de quatro milhões de assalariados e mais de um milhão de trabalhadores/as em precário. É o terceiro país da UE com maior índice de precariedade. O peso dos salários passou de representar 59% do PIB em 1975, a 39% em 2008. É ademais um dos países da UE com piores condições de trabalho e com maiores desigualdades sociais.
As causas que levaram o povo português a esta situação foram as políticas seguidas pelos sucessivos governos e provocaram a destruição do aparelho produtivo, as privatizações, a especulação financeira, os excessos nos orçamentos das obras públicas, a aposta por um modelo de baixos salários, trabalho precário e sem qualificação, a corrupção, a fraude, a evasão fiscal e a economia paralela.
A CGTP denuncia que as medidas ditas de "austeridade" que pretende aplicar o PSD-CDS só vão piorar ainda mais as condições laborais. "Esta é uma política de terra queimada, que precisa de ser denunciada, combatida e derrotada", afirmam, um "saque organizado que está a ser feito aos trabalhadores, aos reformados e pensionistas e às suas famílias".
A CGTP manifesta a sua mais rotunda oposição aos cortes na paga extra de Natal de 2011 a todos os trabalhadores e pensionistas, a retirada das extras de Natal e férias até 2013 aos trabalhadores e trabalhadoras da administração pública, do setor empresarial do Estado e aos pensionistas do Estado e do regime geral que ganhem acima dos 1.000€; e a redução das extras em 2012 e 2013 aos trabalhadores da A.P/S.E.E. e a todos os pensionistas que ganham mais de 485€ líquidos.
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