Após o fracasso da mesa de diálogo entre o setor da educação e o Executivo chileno, os estudantes decidiram realizar uma manifestação pacífica pelo centro da cidade de Santiago.
O percurso dos manifestantes não havia sido aprovado pela prefeitura. A polícia militar do Chile reprimiu os jovens com gás lacrimogêneo e canhões de água.
A prefeita de Santiago, Cecilia Pérez, culpou os estudantes mobilizados pelo ocorrido. Ela justificou a brutalidade da polícia com um decreto assinado pelo ditador Augusto Pinochet, que ainda continua em vigor.
O setor da educação e membros da Central Unitária de Trabalhadores do Chile rechaçaram a repressão e convocaram uma nova greve nacional para o dia 19 de outubro.
A porta-voz da Confederação de Estudantes do Chile (Confech), Camila Vallejo, disse que as mobilizações populares em defesa da educação gratuita e contra o lucro no ensino no Chile vão ter continuidade.
No entanto, a representante estudantil ressaltou que a luta "não é só este ano e tem que ser projetada". Ela afirmou que os estudantes "não podem ficar três anos em greve".
No que diz respeito à repressão sofrida pelos estudantes chilenos, Camila Vallejo informou que a cidade de Santiago "violou a liberdade constitucional" por não permitir uma reunião em espaço público.