Desde o Teatro Principal, a segunda vice-presidenta da Assembleia Nacional, Blanca Eekhout, o embaixador cubano na Venezuela, Rogelio Polanco, e uma das vítimas de Posada, Brenda Esquivel, demandaram na véspera ao presidente do país nortenho, Barack Obama, colocar fim à impunidade para que se faça justiça.
Os pedidos de realizaram durante um ato para comemorar o 35º aniversário da explosão em pleno vôo de um avião da companhia cubana em que regressavam a La Habana 73 pessoas, entre elas a equipe de esgrima da ilha, vários estudantes guianeses e funcionários norte-coreanos.
Em meio a uma sala cheia de colaboradores do arquipélago caribenho, jovens da seleção nacional de esgrima e público em geral, Polanco recordou o fato de que morreram 73 pessoas.
O diplomático explicou que ao não julgar Posada a administração de Washington viola o convênio de Montreal sobre a Proteção Civil e a Convenção Internacional para Repressão de Atos Terroristas cometidos com Bombas.
A única alternativa ao negar-se a processá-lo ali é extraditá-lo a Venezuela, afirmou.
Por sua vez, Blanca Eekhout agredeceu a Cuba pela solidariedade, a ajuda inestimável e a entrega com que apóiam e colaboram com a Venezuela e outros países, pela felicidade e o bem estar de seus cidadãos.
"São 35 anos de comemoração deste crime terrível, onde o povo cubano demonstrou a força, o amor, a coragem e, sobretudo, o compromisso profundo, a entrega com que todos os dias trabalham por defender a pátria, o continente e a humanidade", afirmou.
Em declarações à Prensa Latina apo término do ato, Polanco assinalou que o azar histórico quis que em um dia se comemorasse 35 anos do atentado terrorista, que segue impune, e no outro se liberte René González, um dos cinco lutadores cubanos presos há mais de 13 anos em prisão nos Estados Unidos, mas a infâmia segue.
"Exigimos justiça já, libertação para os cinco de imediato, porque são lutadores pela humanidade", reiterou. Por sua parte, Eekhout considerou fundamental este tipo de ato para não permitir o esquecimento e para criar consciência nos povos do mundo sobre essa prática permanente do governo nortenho que é o terrorismo de estado.
"Ante todas essas coisas, o que fica e é determinante, é a valentia dos povos. Há que derrotar o terror e o medo com a vida, com a esperança, com a alegria, a força, a coragem e esse é um exemplo que o povo cubano nos deu", concluiu.
A notícia é da Prensa Latina