"Hoje, ao meio dia, em entrevista coletiva à diretiva do Partido Liberal informou ao povo hondurenho que este partido político expulsou definitivamente José Manuel Zelaya Rosales por considerar que este estava formando outro movimento político e impulsionando o socialismo em Honduras", explicou Alegría.
A expulsão se deu após a formalização da criação oficial da FARP (Frente Ampla de Resistência Popular), que aglutina às diversas tendências políticas que integram o FNRP e pretende ser uma alternativa ao bipartidarismo no país e à influência da oligarquia hondurenha.
De acordo com a rede de notícias TeleSur, Zelaya foi expulso sem consulta prévia. Segundo Alegria, essa decisão já era esperada por Zelaya, que "vinha trabalhando arduamente para consolidar a Frente Ampla, que nos levará ao poder".
"A diretiva deste partido político [PL], aliado com o Partido Nacional, a burguesia deste país, a igreja católica e a evangélica foram os responsáveis pelo golpe de Estado contra Zelaya, que sem dúvida não poderia voltar para uma estrutura tão arcaica", afirmou o coordenador da FNRP.
Zelaya foi deposto por um golpe de Estado militar em 28 de junho de 2009 e se exilou na República Dominicana. A efetivação de seu retorno foi fruto de um longo diálogo com o atual governo, intermediado pela Colômbia e pela Venezuela. Os dois países também lideraram as negociações para a reincorporação de Honduras à OEA (Organização dos Estados Americanos), órgão do qual o país foi suspenso em outubro do mesmo ano.