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Marcha da Liberdade e das Vadias se unificam em Belo Horizonte

200611_marcha_belo_horizonteBrasil - Diário Liberdade - [Lucas Morais] A Marcha das Vadias começou às 13h deste sábado (18), na Praça da Rodoviária, no Centro de Belo Horizonte. Com cerca de 50 pessoas e muita animação teve início o protesto contra a violência machista e pela liberdade das mulheres em se vestir e ser como bem entendem, sem que isso signifique “um convite ao estupro”, como disseram representantes da extrema direita brasileira.


Da Praça da Rodoviária o movimento se uniu à Marcha da Liberdade, que protestava contra a repressão policial às diversas manifestações, especialmente à Marcha da Maconha, que teve cerca de sete lideranças presas na última marcha na capital mineira.

O movimento unificado tomou as ruas do Centro de Belo Horizonte rumo à Praça da Liberdade, com cerca de 500 pessoas, sendo a grande maioria jovens.

Repressão a la Márcio Lacerda

Os manifestantes pararam em frente à Prefeitura de Belo Horizonte, hoje sob administração de Márcio Lacerda (PSB), fruto da aliança do PT e do PSDB, para expressar o descontentamento com a política higienista e autoritária do prefeito. Até este momento a Polícia Militar de Minas Gerais estava coordenando o trânsito e auxiliando o movimento com tranquilidade, entretanto, quando o movimento parou em frente ao edifício da Prefeitura, resguardado pela Guarda Municipal, o clima esquentou entre alguns manifestantes que ameaçavam ocupar o edifício e os guardas, que partiram para cima dos manifestantes com cassetetes e jatos de pimenta indiscriminadamente, ferindo uma criança de oito anos, que teve a canela atingida, mulheres atingidas com spray de pimenta e alguns ativistas com cacetadas.

Ausência de direção e suas consequências

A Marcha prosseguiu da Prefeitura para a Praça da Liberdade com tranquilidade, e finalmente os manifestantes ocuparam a Avenida Bias Fortes, no portão de entrada do Palácio da Liberdade (antigo palácio do governo do estado), e, na rua mesmo, se assentaram e gritaram palavras de ordem pela legalização da maconha, pelo fim da violência contra a mulher e contra a repressão policial e da administração de Márcio Lacerda.

O clima de festa que perpassou todo o movimento ganhou mais intensidade neste momento, enquanto a polícia avisava que era necessária a liberação de uma pista para a passagem dos carros e ônibus para a região da Savassi.

Neste momento, a polícia alertava que, caso o movimento não liberasse uma faixa ou desse às forças policiais um prazo de tempo para liberar todas as pistas, teriam que removê-los à força.

E, foi neste momento que veio à tona a despolitização e os problemas da ausência de direção do movimento. As lideranças da Marcha da Maconha/Liberdade se recusaram a permanecer no movimento em função da recusa dos manifestantes em liberar um pista. Alguns manifestantes, então, passaram a confundir resistência com provocação, e, quando se tentava realizar uma votação pelo prazo de liberação de todas as pistas ou imediata liberação de uma pista, os manifestantes vaiavam quem falava ao megafone.

Muito em função da recente decisão do Supremo Tribunal Federal favorável à liberdade de expressão e manifestação, o Governo do Estado orientou os comandantes policiais responsáveis pela vigilância a não intervirem, e o movimento se esvaziou por si mesmo em cerca de uma hora.

Vale lembrar, caso a conjuntura não fosse especial, em função da decisão do STF, a polícia teria atuado com violência para liberar a avenida, dado que, pela ausência de direção, os provocadores e inconsequentes terem tomado conta do movimento. Por outro lado, este movimento tem sido educativo para os jovens que até então nunca haviam participado de manifestações, o que é um fator muito positivo para a juventude belo-horizontina.

Foto tirada por Túlio Vianna


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