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Hamas e Al-Fatah selam reconciliação palestina no Egito

040505_palestina1Palestina - Prensa Latina - Os movimentos Al-Fatah e Hamas, os mais representativos do povo palestino, ratificaram hoje aqui um acordo que sela a reconciliação e os compromete a formar um governo provisório e convocar a eleições dentro de um ano.


Em uma cerimônia com forte participação de diplomatas, chanceleres árabes e representantes de outras 11 facções palestinas, os dirigentes de Hamas, Khaled Meshaal, e do-Fatah, Mahmoud Abbas, pronunciaram-se por pôr fim a mais de quatro anos de rivalidades.

A sede dos Serviços de Inteligência do Egito, nesta capital, testemunhou o primeiro cara a cara entre Meshaal, líder político islamista exilado na Síria, e Abbas, também presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), até agora com jurisdição só na Cisjordânia.

O ato oficial de rubrica do acordo, uma versão emendada da proposta egípcia já aceitada pelo Al-Fatah em outubro de 2009, foi presenciado por dirigentes dos 11 grupos que ontem o avaliaram no Cairo, em uma semana após o anúncio de arranjo feito por Hamas.

Segundo o documento, um gabinete provisório será constituído para pôr fim à divisão entre Cisjordânia, dominada pelo Fatah, e a Faixa de Gaza, baixo controle de Hamas desde 2007, e preparar eleições presidenciais e legislativas no curso de um ano.

Sob o pacto, se formarão três comitês separados para planejar as eleições, reformar a Organização para a Libertação de Palestina (OLP), à qual não pertence Hamas, e incorporar um sistema de segurança entre Gaza e a ocupada Ribeira Ocidental ou Cisjordânia.

O novo governo manejará os assuntos nos territórios palestinos, enquanto a OLP permanecerá a cargo das conversas de paz com Israel, estancadas desde setembro pelo tema dos assentamentos ilegais.

Ao falar na cerimônia, o chanceler egípcio, Nabil Arabi, e o chefe dos Serviços de Inteligência Geral deste país, Murad Muwafi, saudaram a disposição de Abbas e Meshaal para contribuir à estabilidade na zona.

O coordenador especial da ONU para o Meio Oriente, Robert Serry, que assistiu como representante do secretário geral, Ban Ki-moon, urgiu fortalecer a unidade dos palestinos e velar pela durabilidade do pacto recém ratificado.

Por sua vez, o secretário geral da Organização da Conferência Islâmica (OCI), Ekmeleddin Ihsanoglu, saudou a reconciliação como um "avanço histórico que poderia dar impulso à causa palestina e sua presença a nível internacional".

Meshaal, Abbas, a ONU, o secretário geral da liga Árabe, Amr Moussa, e a OCI também elogiaram, por separado, o papel mediador do Egito que permitiu atingir um entendimento, pese a múltiplos obstáculos nos últimos anos.

Israel, Estados Unidos e Europa chamam de terrorista aos islamistas palestinos, daí que o premiê Benjamín Netanyahu ameaçou a Abbas para que não desse o respaldo ao acordo com Hamas.

Antes de cimentar o pacto, Meshaal e outros dirigentes de Hamas asseguraram que, ainda que não reconhecem ao Estado israelense, respeitarão a trégua pactuada em Gaza e os principais acordos subscritos pela ANP, ainda que analistas admitiram que persistem divergências.


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