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Mulheres galegas protestam nas ruas contra a machista Lei da Família

140411_conc_leifamilia_1Galiza - Galizalivre - Na tarde de ontem, 13 de abril, dúcias de mulheres galegas saírom à rua em Compostela e Vigo para protestarem contra a Lei de Família, umha iniciativa legislativa que segundo todo indica será aprovada nos próximos dias no Parlamento.


A Rede Feminista Galega e a Plataforma de Organizaçons Feministas fôrom as entidades que respeitivamente convocárom os actos num intento por visibilizar esta “nova ofensiva patriarcal”, que introduz um marco legal claramente regressivo e onde o peso das organizaçons ultracatólicas resulta mais que evidente.

Lei de Família

A Rede Feminista Galega vém de tirar um informe base de análise da Lei de Apoio à família e à convivência de Galiza onde analisa a gravidade do documento que o governo de Feijoo pretende aprovar (ver na secçom de Colaboraçon). Sob o pretexto da crise económica e demográfica que sofre Galiza, a extrema direita de Sam Caetano alia-se com as organizaçons católicas e antiabortistas para promulgar um texto legal que impulsiona a instituiçom da família, centro de preocupaçons do ultracatolicismo nos últimos anos. A Lei define a sua postura desde as primeiras linhas, afirmando a existência dum modelo de família único (heterossexual e patriarcal) ao que se lhe podem engadir em ocasions “outros modelos de família análogos”.

Segundo criticam as autoras do documento de análise, outro dos pontos preocupantes da Lei é o “ocultamento consciente da verdadeira funçom social e económica da família”. O que o texto cita como “achega que a família fai à sociedade” nom é mais que um jeito eufemísitico de se referir ao trabalho que as mulheres realizam de balde para a sociedade, cubrindo toda umha série de ámbitos que lhe corresponderiam aos serviços sociais.

O tema do aborto fica totalmente eludido; a soluçom para a gravidez nom desejada está perfeitamente clara nesta lei: “promovendo o acolhimento e a adoçom como alternativa para que a mulher gestante poda continuar com a sua gravidez”. Em matéria de educaçom sexual, a porta fica aberta para organizaçons privadas e religiosas. Também a violência machista está ausente em toda a Lei, apesar de ser na família onde mais existe este conflito.

Em síntese, segundo criticam os colectivos feministas, esta é umha Lei com umha profunda carga ideológica que, antes que cobrer um vazio legal, se promulga com o fim de promover desde as administraçons a instituiçom da família, recuperando uns termos patriarcais que nom foram empregados nos últimos trinta anos. Este “novo ataque à independência das mulheres e à suas condiçons de vida” é um outro passo da ofensiva que a extrema direita está a emprender em todos os ámbitos das nossas vidas, em especial na Galiza.


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