As principais beneficiadas são grandes empresas brasileiras. Entre elas, Odebrecht, Camargo Correa e Queiroz Galvão. Segundo matéria da Folha de São Paulo de 03/04, as empreiteiras brasileiras estão envolvidas na construção de seis hidrelétricas. Os investimentos podem chegar a US$ 16 bilhões.
Segundo a matéria, as construtoras brasileiras são as maiores doadoras da campanha do ex-presidente e candidato Alejandro Toledo. A matéria da Folha alerta para o fato de que as hidrelétricas “são só uma fatia dos negócios brasileiros no país”.
As “múltis brasileiras” já teriam investimentos de US$ 3,5 bilhões a US$ 5 bilhões no país vizinho. Números que devem triplicar com as obras públicas previstas. Principalmente, em mineração, construção e energia.
A Odebrecht, por exemplo, está há 31 anos no Peru, diz a Folha. Já fez 54 obras que representam investimentos de US$ 4,4 bilhões. O que a matéria não diz é que, lá como cá, as maiores vítimas desse tipo de empreendimento são a população pobre e o meio ambiente. Sem falar nos próprios trabalhadores das obras.
O capital com sede no Brasil vem promovendo uma espécie de “imperialismo tupiniquim” na América Latina. Um “imperialismo jr.” que também faz estragos na África e no Oriente Médio desde, pelo menos, os governos militares.
Apesar disso, boa parte da esquerda brasileira comemora o sucesso do “empresariado brasileiro”. Aprendeu com Lula a alisar a cabeça dos que sempre exploraram a população, desde Cabral até FHC.