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Líbia: Opositores e partidários de Kadafi se opõem à intervenção estrangeira

010311_libia4Líbia - La Radio del Sur - [Tradução de Diário Liberdade] Os milhares de manifestantes que desde há 15 dias se pronunciaram nas ruas da Líbia a favor e contra do governo de Muammar Kadafi, continuam afirmando seu rechaço à intervenção estrangeira no país árabe porque asseguram que isto ameaça sua soberania.


O enviado especial de TeleSUR à Líbia, Reed Lindsay, reportou desde a cidade de Benghazi (leste) que os grupos opositores a Kadafi "rechaçam a intervenção estrangeira" que quer executar os Estados Unidos e que "não querem armas".

"As pessoas aqui rechaçam a intervenção estrangeira, especialmente a intervenção militar, não querem armas (...) Estes são rebeldes ma ganharam seu território pacificamente e sacrificando suas vidas contra as forças de segurança de Kadafi", reportou o enviado de TeleSUR desde Benghazi.

O jornalista insistiu que ainda que os manifestantes "tenham sido atacados" pelas forças de segurança do Governo líbio, não querem empregar armas porque consideram que "podem derrubar Kadafi de maneira pacífica".

Por sua vez, o enviado da TeleSUR Jordán Rodríguez, reportou nesta segunda-feira desde Yafrha (noroeste) que os partidários de Kadafi também repudiaram a intervenção estrangeira, ainda mais agora que o Pentágono anunciou a mobilização de barcos na zona.

"Por favor mister Obama, Por favor! Não acredite nos ratões, nos gatos, eles atacaram as estações de polícia, tomaram armas. A democracia não necessita armas. Esta é a verdade! Esta é a verdade!", expressou um dos manifestantes.

No entanto, desde cidades como Sabarata (oeste), Rodríguez informou que estão sendo usados espaços públicos como teatros e praças para "gritar a verdade" e desmentir as grandes cadeias de notícias que insistem em reiterar violência no país e ataques aos civis.

"Afirmar que já não há combates e que são capazes de resolver sem ingerência estrangeira suas diferenças", frisou o enviado especial.

Declarações semelhantes foram escutadas neste domingo por parte de Lindsay, que reafirmou que "os opositores de Kadafi formaram um conselho especial para trazer a normalidade à cidade sem necessidade de intervenção estrangeira".

As manifestações contra e a favor do regime de Kadafi se iniciaram no dia 15 de Fevereiro passado e, segundo distintas fontes não oficiais, as desordens causaram entre 300 e dois mil mortos no país.

A Alta Comissão das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) informou neste domingo através de sua conta no Twitter que devido à pressão social, cerca de 100 mil pessoas abandonaram a Líbia, delas 55 mil ao Egito e 40 mil à Tunísia e o restante a outros países.

Kadafi fez um chamado a seus partidários concentrados em Trípoli (capital) a enfrentar as tentativas de intervenção provenientes do exterior, especialmente os dos EUA, que querem aproveitar a oportunidade para invadir o território e se beneficiar do petróleo do país.

Neste sentido, este domingo o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, denunciou que a Líbia e seu Governo estão sendo vítimas de uma "ofensiva midiática feroz", no marco de uma luta para se apoderar de suas enormes riquezas petrolíferas.

"O que estamos vendo é uma ofensiva midiática feroz, onde falam de bombardeios e não se veem os bombardeios. Não vimos um só avião disparando sobre a população, mas a campanha é feroz", asseverou o mandatário nicaraguense.

 

Traduzido para Diário Liberdade por Lucas Morais


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