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Líbia: A farsa da repressão com caças a manifestantes

240211_libia2Líbia - Blog Antimperialista - [Tradução do Diário Liberdade] Novas mentiras para justificar a ingerênCIA imperialista no norte da África.


É realmente triste ter que fazer alguém pensar no absurdo da história, difundida pelos meios de comunicação ocidentais, do suposto uso de caças bombardeiros pelo governo para reprimir os manifestantes da Líbia. Mas, em virtude da era de manipulação das massas que vivenciamos e da perda total dos sentidos, não nos resta alternativa.

Para compreender os interesses imperialistas na Líbia, é importante lembrar que o país norte africano é um dos maiores produtores e exportadores de petróleo e gás do mundo, e que recentemente foram descobertas novas e importante reservas. Segundo a constituição Líbia, a propriedade desses recursos é publica, uma medida para impedir o saque por parte da indústria petrolífera, como costuma ocorrer em outros lugares do planeta, e que, também, tem garantido que a Líbia ocupe o primeiro lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da África.

O roteiro escrito por Washington para desestabilizar o governo de Kadafi na Líbia é muito semelhante aos recentes processos de ingerência, travestidos de revoltas populares, na Tunísia e Egito, e alguns elementos diferentes, já utilizados em outros cenários.

De um lado, a exemplo da Tunísia e do Egito, nos deparamos com protestos organizados pela Internet, via Facebook e Twitter; as denuncias de ONG’s como Human Rights Watch ou Anistia Internacional (cuja assessoria é do globalista Zbigniew Brzezinski) de violação dos direitos humanos exclusivamente por parte das forças governamentais; o apoio incondicional dos meios de comunicação ocidentais davam aos manifestantes antigovernistas e a demonização dos governantes; o desejo dos governantes do Ocidente de que os governos atendam às demandas dos manifestantes, especialmente dos grupos pró ocidente.

Por outro lado, na Líbia, devido ao maior apoio da população a seu governo e sistema político e à impossibilidade deste ser derrubado diante de revoltas sem matizes, tomam forma uma série de estratégias mais complexas, já colocadas em prática em outros lugares.

Como primeiro passo, o Pentágono havia fechado ou limitado ostensivamente o acesso à Internet para acusar falsamente o governo líbio de censura; além disso, impedir que se comprove que a adesão ao movimento “anti-Kadafi” é baixa e, principalmente, para impor a versão dada pelos meios de comunicação ocidental, já que, assim, não se existiria testemunhos que refutassem tais versões.

Limitado o acesso à internet, os meios de comunicação teriam orquestrado uma farsa midiática consistente, forjando um falso genocídio de manifestantes pacíficos (um pacifismo um tanto quanto estranho, uma vez que se contam às dezenas o número de policiais enforcados).

Colocando como confiável a rede Al-Jazeera, ferramenta das multinacionais capitalistas no mundo árabe, os meios de comunicação ocidentais estão noticiando a morte de centenas de manifestantes opositores de Gadafi em consequência dos bombardeios aéreos, versão que não tem nenhuma prova gráfica e cuja justificativa para tal é o já citado corte à Internet e da proibição da entrada de jornalistas das grandes empresas de comunicação, apesar de a fronteira com o Egito estar aberta. A única prova que a mídia ocidental apresenta é a aterrissagem, em Malta, de dois caças líbios, quem, segundo os mesmos meios de comunicação, teriam solicitado permissão de aterrissagem na ilha mediterrânea (uma verdadeira base militar imperial no Oriente Médio), após se recusar a reprimir os manifestantes opositores. Uma estranha forma de repressão: caças bombardeiros para reprimir manifestações. Nunca se viu!

Este caso dos pilotos “exilados” é muito parecido com a farsa dos atletas cubanos “exilados” que, depois de terem sido subornados por quantias milionárias, disseram que pediram asilo político ao país ao que tinham viajado com a seleção cubana por razões puramente ideológicas. A partir disso, as corporações midiáticas capitalistas empreenderam uma campanha em defesa dos direitos humanos e contra a ilha caribenha. É significativo, no caso das manifestações na Líbia, a aterrissagem dos caças em Malta, um histórico reduto do imperialismo no mediterrâneo.

Esta farsa absurda, também tida como verdadeira por alguns dos mais importantes meios de contra informação supostamente anti-imperialistas, teria o objetivo de aumentar a pressão internacional contra a Líbia. Uma pressão que será ainda maior graças à chegada ao poder, na Tunísia e no Egito, de governantes que se simpatizam mais com o ocidente que seus antecessores.

No momento, o antidemocrático Conselho de Segurança da ONU, dominado pelas grandes potencias imperialistas, já emitiu uma resolução condenando o atual governo da Líbia e dando sinal de uma possível “ajuda internacional” aos opositores.

Assistiremos a uma nova ação criminal de ajuda humanitária por parte da ONU, como ocorreu na Iugoslávia e no Afeganistão?

 

Traduzido para Diário Liberdade por Bruno Baader


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