O acordo alcançado esta madrugada por CCOO, UGT e o governo espanhol justifica, mais que nunca, a convocatória da greve geral galega.
Os sindicatos espanhóis aceitam atrasar a idade de jubilaçom aos 67 anos, a pesar de ter repetido ao longo destes meses que por aí nom passariam.
Mais umha vez comprovamos a falta de palavra do sindicalismo amarelo vinculado ao PSOE-IU-PP e a sua traiçom à classe trabalhadora.
Segundo a CIG, com o princípio de acordo atingido entre CCOO, UGT e o Governo espanhol, que supom o atraso da idade de reforma aos 67 anos e a exigência de 37 anos quotizados para poder cobrar a sua totalidade, e de 38 anos e meio para poder aposentar-se antecipadamente aos 65, cumprem-se “os piores dos nossos preságios”.
O sindicato galego assegurou que desde a central sindical já se tinha a suspeita de que se chegaria a esta situaçom.
“Constata-se que todas as ameaças de mobilizaçom ou greve geral que os sindicatos espanhóis dirigiam ao PSOE tinham como único objetivo desmobilizar a classe trabalhadora no seu conjunto e muito especialmente os seus filiados e filiadas, para evitarem que se somassem às convocatorias de greve geral que há hoje na Galiza" e nas outras duas naçons sem estado deste cárcere de povos que é Espanha, assegurárom fontes da central nacionalista.
As greves gerais da Galiza, País Basco e Catalunha "estám mais justificadas do que nunca” afirmárom na CIG.
A ceia da traiçom
O acordo para trair à classe trabalhadora tivo lugar numha ceia em Madri, cidade onde se costumam cozinhar todos os acordos favoráveis a esmagar povos e classes trabalhadoras. Disto o reino de Espanha sabe de avondo.
Na ceia estivérom presentes o presidente espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, o ministro espanhol de Trabalho e Imigraçom, Valeriano Gómez, e os secretarios gerais de CC.OO., Ignacio Fernández Toxo, e de UGT, Cándido Méndez. À ceia nom asistírom representantes da patronal espanhola. Para que iam? Todos concordavam com os seus planos de roubo à maioria social.
Com certeza a ceia nom seria "austera". Carecemos de dados, mas tendo em conta os seus soldos (esses sim que nom sofrem descenso algum) e que entrava dentro da categoria de "gastos extra pagos polo povo", no Diário Liberdade aventuramos que foi a base de marisco (possivelmente galego, ou "gayeguiño" para eles), umha boa champanha e pouca sobremesa (achamos que algum deles está a dieta por recomendaçons médicas perante o seu sobrepeso).
Porém a pesar de dietas, nom tivérom reparo em comerem todo e deixarem uns quantos anos de trabalho mais para o conjunto dos mortais. Boa ceia, sim senhor! Bom proveito senhor Zapatero e companhia!
Governo espanhol, banca e o conjunto dos empresários em conluio
Hoje constatou-se a vitória do FMI, da banca, dos empresários, quer dizer, das parasitas que trabalham pouco e cobram muito.
Esta reforma antipopular está baseada numha grande mentira. Alicerçou-se na suposta impossibilidade de manter o sistema público de pensons. Como venhem denunciando sindicatos nacionalistas, como a CUT ou a CIG, e anarquistas, como a CNT ou a CGT, o sistema público de reformas nom corria perigo algum por falta de dinheiro. Se corriam perigo era pola cobiça da burguesia que queria canalizar a poupança do povo face aos sistemas privados de pensons, que é um dos grandes negócios quen tem hoje o sistema financeiro nas suas maos.
O que se pretende é que o sistema público de reformas cubra umhas reformas mínimas e aqueles trabalhadores e trabalhadoras que tenham capacidade de aforro, por contarem com maiores ordenados, caiam na armadilha dos sistemas privados para garantirem umha reforma complementar. Isto provocará um incremento das diferenças nas rendas e na qualidade de vida de idosos e idosas.
Contra este panorama desolador ao que nos pretende condenar o PSOE, UGT e CCOO é contra o que hoje está a luitar com absoluta afouteza e dignidade o corajoso povo galego. Avante a greve geral!