A obra contou com depoimentos de vários escritores como Mia Couto, Domi Chirongo, Paulina Chiziane, Sangare Okapi, além do cineasta Ruy Guerra.
A primeira exibição do filme será no dia 14 de janeiro, no Tempo Glauber, no Rio de Janeiro.
Segundo a diretora, um dos caminhos para compreender melhor os moçambicanos é por meio de sua literatura. "Primeiro, me interessei pelo país, e depois, principalmente pela obra do Mia Couto e outros autores que me fizeram entender um pouco mais a situação do país. Minha ideia era tentar transmitir isso para um filme para que outras pessoas no Brasil entendessem melhor a África também", conta.
O próximo passo é tentar levar o documentário para Moçambique e depois para escolas públicas brasileiras, a fim de divulgar o trabalho vinculado a uma programação de palestras. O intuito é produzir um box de DVDs com curtas sobre a literatura dos cinco países de língua portuguesa na África: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
"Surpreendeu-me a influência exercida pelo Brasil em Moçambique. O interessante é que essa proximidade com nossa cultura se repete nos outros países lusófonos. Eles nos conhecem profundamente, mas nós sabemos muito pouco sobre eles, principalmente nos campos da literatura, música e poesia", observa Yana. "Temos uma dívida grande a ser sanada com a cultura africana e acredito que cada um de nós pode fazer um pouquinho para diminuir a distância entre os povos".