RECUPERAMOS O NOSSO PASSADO REBELDE PARA UM PRESENTE DE LUITA.
Háumha Galiza que combate dia a dia pola sua sobrevivência. O combateé cada vez mais evidente e tem um componente de classe cada vez maisreconhecível. Essa Galiza luitadora está na juventude que se batepor nom perder a vivenda ou por aceder a umha; por gozar deindependência económica com um salário digno para poderemancipar-se sem ter que emigrar. Umha Galiza jovem que se revolvecontra a normalidade autonómica como vimos na manifestaçomindependentista de passado 24 de julho, erguendo a simbologiapatriótica contra a Espanha machista, burguesa e inimiga dos povos.
Milharesde jovens sofremos as consequências de terque entregarmos a nossa força de trabalho para salvar os negóciosda burguesia, ou ainda empantanar-nos no autoempregoacumulando dívidas e intermináveis jornadas laborais. Conscientesdisto, muit@s percebemos a injustiça no nosso dia a dia. Eis ocombate quotidiano que fruto da consciência torna muitas vezes emrebeliom.
EstaGaliza jovem que resiste e se rebela é a maior homenagem de vitóriaque podemos fazer a milhares de combatentes do nosso país quedeixárom semente de revoluçom na nossa terra e noutros povos. O 11de outubro, Dia da Galiza Combatente, é umha reivindicaçom dolegado e da ligaçom entre um passado de exemplares compatriotas quedérom a sua vida pola espécie humana, e um presente de infinitasluitas que se assentam e prometem muita mais Galiza, e muitos/as maiscombatentes, de aqui em diante.
Nadanem ninguém, por muitos artigos de opiniom que se escreverem ecomentaristas "sabe-o-todo" que se esforçarem, poderá esquivara existência dum Povo que resiste e cuja juventude alberga apoderosa faísca que pode fazer tremer este sistema em perigo deruína permanente. Umha faísca que prenderá com mais jovens que,como Maria Araújo, natural de Carril e homenageada este ano, tivoque padecer o secular drama da emigraçom, no seu caso a Cuba.Retornada, incorporou-se ao trabalho sindical em Vigo e, após ogolpe militar de 36, passou à luita guerrilheira. Detida, foilibertada para fugir de volta a Cuba, onde se filia ao Movimentoantiimperialista 26 de Julho, que acabará derrotando a ditadurapró-ianque de Batista. Lá, fundou o Comité de Defesa da Revoluçome a Federaçom de Mulheres Cubanas.
Umhagalega internacionalista e comprometida merece a admiraçom d@s quecombatemos, hoje, seguindo o seu exemplo. É por isso que o vindouro13 de outubro, a juventude revolucionária galega organizada em BRIGA, estará presente na XIII ediçom do Dia da Galiza Combatente convocada por NÓS-UP em Redondela, em homenagem a esta exemplarluitadora cujos passos contribuírom a marcar o caminho da rebeldiaque nos conduzirá para a vitória.