1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (0 Votos)

Foto - Nós-UP - Faro ObreiroGaliza - Nós-UP - A Assembleia Comarcal de Vigo vem de editar um novo número, o sétimo, correspondente ao terceiro trimestre deste 2013, do seu vozeiro comarcal Faro Obreiro. O jornal que já está disponível em papel e será distribuido maciçamente nas mobilizaçons do sindicalismo nacional e de clase, assim como em diferentes centros de trabalhos e grandes empresas da cidade. Também pode ser consultado em formato de fácil leitura no nosso web.


O editorial é dedicado a necessidade de organizar-se para luitar e luitar para vencer, como formula para sair e derrumbar este sistema. Neste número, Faro Obreiro entrevista a Fernando Fernández e Jose Manuel Estevez, comuneiros e vizinhos de Cabral. E um artigo de opiniom  de Paco Moreno,  trabalhador de ADIF em Vigo e membro do Sindicato Ferroviário, e a seçom de notícias da atividade desenvolvida em Vigo nos últimos meses completam este quarto número.

 

Reproduzimos a continuaçom a editorial de este número.

"Organizar-nos para luitar, luitarmos para vencer

Nom é umha novidade que o povo trabalhador padeçamos todo tipo de injustiças e atropelamentos por parte de Espanha e da burguesia. Antes, é umha constante histórica. É a consequência inevitável de vivermos numha economia capitalista e numha naçom oprimida como a Galiza. Os bens dos que dispom a sociedade som limitados e para que uns poucos tenham quase todo, o resto nom podemos ter quase nada. Para que o empresário tenha muito dinheiro, nós temos que ser pobres. Para que Espanha prospere, nós temos que obedecer e satisfazer as suas necessidades. Para que o banco tenha muitas casas que vender, nós temos que perder a nossa. Para que o promotor poda construir centros comerciais, nós temos que renunciar à nossa terra. A maquinária criminosa do Capital nom funciona se nom se alimenta do nosso suor e do nosso sangue.

Como dizíamos, nom é nengumha novidade, mas acontece que apesar de todo o que nos levam roubado ainda nom tenhem suficiente. E nom só isso, a cada dia que passa incrementa-se o ritmo das reformas, medidas e iniciativas encaminhadas a quitar-nos o que temos para que os patrons fiquem com todo. O capitalismo espanhol está ferido de morte e o futuro das classes dominantes apresenta-se fatídico. Em consequência, já nom podem permitir-se o luxo de dosificar os golpes, de esperar a que nos resignemos. Agora agredem-nos a diário e por vários frentes ao mesmo tempo.

Se nom te estafárom com as preferentes, despedírom-te sem indemnizaçom graças à última reforma laboral. Se nom che embargárom a casa, botárom-cha abaixo para construir umha estrada ou umha via do AVE. Se nom che chantárom umha depuradora na porta, foi um centro comercial. Se nom ficaches sem pensom, ficaches sem ambuláncia e sem tratamento médico. Se nom te botárom do asteleiro, botárom-te de Unísono. Se nom che baixárom o salário, baixárom-che o subsídio por desemprego. Já nom se livra ninguém. De nada vale já olhar para outro lado porque os golpes caem desde todas as direçons.

Longe de qualquer pessimismo, esta realidade que só estamos começando a compreender coletivamente, tem que servir para aprender-nos algumhas liçons. A mais importante é que as trabalhadoras e trabalhadores somos umha classe social e que devemos atuar como tal. Nalgum momento chegamos a acreditar que éramos cidadaos e cidadás, que tínhamos todos os direitos e toda a liberdade à que podíamos aspirar, que as desgraças aconteciam a quem nom sabia cavar a vida. Hoje semelhante ingenuidade parece-nos impossível. Somos o que somos, obreiras e obreiros que vivemos de vender a nossa força de trabalho –quando nos deixam– e que nom temos nada mais, pois o resto podem levá-lo os patrons quando lhes convenha. Todas e todos somos vítimas da ánsia depredadora do capitalismo, se nom é hoje será amanhá, e devemos fazer frente unidas e unidos contra o nosso inimigo comum.

É certo que teremos que superar as inércias do passado e os medos que conseguírom inocular-nos desde que nascimos. Como o pau e a cenoura, os poderosos utilizam o terror e as promessas para manter-nos no nosso sítio. Nem vam vir tempos melhores nem vai safar quem se porte bem. Depois de quase umha década de degradaçom absoluta das nossas condiçons de vida, que a soluçom chegará sem luitar só podem afirmá-lo os imbécis e os escuros. Os bons e generosos sabem que se nom reacionamos só podemos ir a pior.

Outra liçom que nos brinda a dura relidade de hoje é que de pouco serve pedir clemência ante a barbárie. Já perdimos bastante tempo laiando polas dificuldades que passamos. Agora é o momento de pôr as cartas sobre a mesa e dizer claramente que para que nós podamos viver felizes os exploradores devem ser derrotados e eliminados. O povo trabalhador tem a superioridade ética e material necessárias para impor a liberdade por acima da opressom. Se reivindicar nom funciona nom duvidaremos em obrigá-los, polas boas ou polas más.

Por último, devemos ter bem presente que todo o que hoje estamos a perder nom apareceu da nada. No passado outras geraçons tivérom que enfrentar-se aos invassores, a ditaduras e monarquias, a exércitos e polícias, para conquistar um futuro melhor que hoje volta escurecer-se. Gostemos ou nom, tocou-nos viver um momento histórico no qual a classe obreira volta estar chamada a luitar contra a barbárie e nom vamos duvidar. Luitaremos, levantaremos as organizaçons revolucionárias e lançaremo-las contra a burguesia, nom cederemos nem um centímetro e, finalmente, venceremos."


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Publicidade
Publicidade
first
  
last
 
 
start
stop

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.