1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (0 Votos)

060512 ceiGaliza - Ceivar - Amparado polo jornalismo amarelo e toda a força dos seus meios de comunicaçom, o Estado tem conseguido elaborar e difundir um discurso vitimista que situa os defensores de Espanha como objecto das infinitas presons, incomprensons, intoleráncias e violências do "inimigo radical".


A vitimizaçom social do espanholismo no Pais Basco foi umha ferramenta clave para conseguir transladar umha imagem invertida do conflito: através de truculentas histórias sobre os poucos metros que separavam as vivendas de vitimas e carrascos, sobre o número de malas que tivo que preparar o politico ou o jornalista que decidiu ir fazer carreira a Madrid vestindo-se de "exilado", sobre o sofrimento de tal ou qual siareiro da seleçom espanhola que nom podia vestir as cores da Roja sem sentir-se rechaçado pola vizinhança.... Espanha consegiu fazer passar por agredidos aos que tiverom e tenhem trás de si o apoio e a força do Estado, enquanto estigmatizava como agressores aos que tiverom e tenhem que militar pola liberdade do seu povo nas condiçons mais duras, sofrendo perseguiçons, detençons, acosso, torturas, violaçons da intimidade, prisom e negaçom dos seus direitos fundamentais praticamente a diário. A exageraçom do suposto clima de violência em que vive o espanholismo contribuiu nom só para atrair solidariedades cara si, mas também para ocultar as múltiplas violências que dificultam a militáncia independentista. E se bem o exemplo basco é o mais conhecido e explorado, a mesma estratégia utiliza-se na nossa naçom e contra o nosso movimento. Os choros de Gloria Lago ao ver sujado de pintura o seu flamante 4x4, ou o medo de quem vende simbologia espanhola ao receber umha carta instando-lhe a deixar de fazê-lo, tenhem sido já explorados e exagerados polos meios de comunicaçom do nosso país coa intençom de difundir a ideia de que, na Galiza, é o espanholismo quem nom pode viver tranquilo.

Por desgraça, a realidade é bem outra. Enquanto os exemplos de rechaço social e pressom cara os partidários de Espanha som anedóticos, a realidade das múltiplas violências às que se enfrenta a militáncia independentista galega é diária e constante. E nom falamos só da violência legal, daquela que obriga às e aos activistas do nosso país a viver com as comunicaçons pinchadas, com visitas policiais aos seus familiares ou centros de trabalho, com identificaçons e detençons por exercer direitos fundamentais ou com ameaças e agressons dos antidistúrbios quando se manifestam nas ruas. Falamos agora dessas outras múltiplas violências e pressons sociais que se sofrem por viver e trabalhar num meio hostil. Hai poucos dias tivemos notícia dumha delas: Aurélio Lopes, porta-voz nacional de Causa Galiza, foi brutalmente agredido à saída do seu trabalho por um elemento que desde hai meses gosta de amedrentar e espancar a militáncia independentista de Compostela, especialmente a juvenil. É um dos exemplos mais graves e mais recentes entre a longa lista de enfrentamentos, agressons e ameaças que as e os nacionalistas galegos sofrem cada vez que vam de colada, que repartem propaganda ou que mostram com orgulho a sua ideologia bem seja ante o espanholismo recalcitrante que também existe na nossa terra, bem seja ante elementos desequilibrados que encontram prazer em agredir ao débil, que também os hai. Por desgraça, o nosso desejo de nom cair no vitimismo, de nom reproduzir a estratégia sensacionalista do inimigo, nos tem feito calar em demasiadas ocasions ante os despedimentos do trabalho por motivos ideológicos, ante as agressons a locais e militantes galegos nas celebraçons da seleçom espanhola, ante o medo com que muitas e muitos activistas se vem obrigados a fazer o seu trabalho político, ou simplesmente a voltar pola noite às suas casas. É um silêncio que deve de ser roto, porque tem chegado a invisibilizar umha situaçom que require da consciência, do apoio e da solidariedade do conjunto da comunidade nacional galega. 

Se as e os independentistas galegos nom acreditamos em que o estado espanhol seja garante dos nossos direitos, devemos substituir com o nosso apoio solidário e a nossa acçom decidida a protecçom e o arroupo que as nossas vitimas necessitam. A nossa comunidade nacional tem que ser o colchom no que encontrem carinho e ajuda nom só aquelas e aqueles que sofrem a repressom legal do Estado, mas também todas e todos os companheiros que som vitimas umha violência ante a que nós nom vamos recurrir a Espanha e à sua polícia. Solidariedade e justiça comunitária para socorrer a quem despidem do seu trabalho por defender a Galiza, a quem a sua pertença ao movimento lhe fai caminhar com medo pola noite, a quem é agredida ou ameaçado por fazer parte deste bando. Eis umha das asignaturas pendentes dum movimento que tem que construir de formacolectiva e desde abaixo os mecanismos de protecçom social, económica ou pessoal que o Estado Espanhol outorga aos seus cidadaos.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Publicidade
Publicidade
first
  
last
 
 
start
stop

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.