Foto: Borja Martin (fonte: Revista Abordagem)
Conhecido polo seu ativismo antirrepressivo dentro das prisons, era tido por "rebelde" e insubmisso às arbitrariedades da política prisional espanhola no nosso país, denunciadas por numerosos organismos nom governamentais a nível internacional.
Participou na campanha 'Cárcere=Tortura' e percorreu diferentes prisons, sofrendo puniçons pola sua atividade de conscientizaçom entre os coletivos de presos.
A tese oficial do suicídio nom está contrastada, nem há constáncia de que atravessasse algum tipo de transtorno que pudesse levá-lo a pôr fim à própria vida. A isso soma-se a evidência das violências estruturais aplicadas a diferentes pessoas presas na prisom da Lama, o que leva a duvidar do que realmente poda ter acontecido no interior dos muros dessa cadeia espanhola instalada na Galiza.
De facto, tal como lembrou o blog da revista Abordagem, um outro preso morreu da mesma forma há menos de um ano (Eugénio Garcia Serrano) na mesma cadeia, sem que chegasse a se esclarecer o motivo dessa morte violenta.
Neste caso, Borja Martin estava preso no módulo 14 da prisom da Lama, submetido a um regime de primeiro grau, que se aplica a pessoas catalogadas como "especialmente conflituosos" ou "problemáticos". Nesse regime, as pessoas presas veem reduzido o número de saídas ao pátio e som acompanhadas constantemente por carcereiros durante as deslocaçons no interior do cárcere.
Como é habitual, a notícia mereceu escassas linhas nos propagandísticos meios de "comunicaçom" da burguesia, que se limitam a comunicar a morte do preso e a descartar qualquer induçom à morte por parte de terceiras pessoas.
O que é um facto é que as condiçons de prisom na Galiza degradam e mesmo destroem física e mentalmente numerosas pessoas internas, sendo a morte mais um dos resultados da política de extermínio em que se plasma a privaçom de liberdade para pessoas condenadas polo sistema. Para pessoas ativas na reivindicaçom de direitos, como Borja Martin era, as condiçons ficam ainda mais duras. Assim também para presos e presas políticas que, como as independentistas galegas, som alvo de políticas de dispersom a centenas de quilómetros do País.
Nom é o caso da grande delinqüência (banqueiros, empresários e políticos corruptos, entre outros), que raramente acabam por entrar em centros de reclusom, e ainda mais raramente ficam lá por muito tempo, em cujo caso as condiçons costumam incluir vantagens, reproduzindo as diferenças de classe existentes extra-muros.
Eis a realidade do sistema repressivo da "democracia" espanhola imperante na Galiza.