Aproveitam a crise para fazer-nos crer que é umha boa saida contra a precariedade, mas as reais funçons destas ocupaçons partem da total sumissom ás suas leis, sem questionar-se em nengum momento o grao de justiça das mesmas, aceitando o monopolio da violência que se atribui o Estado.
O sistema capitalista inseriu a boa parte da sociedade em dinámicas delegacionalistas, de passividade e infatilizaçom, nas que se espera que "papá Estado" nos resolva a sobrevivência. Quijerom aniquilar a capacidade de gestom e luita. E quando esquecemos as nossas capacidades, forças e sobretodo, responsabilidades, custa voltar empoderar-nos sem depender do sistema. Mas nom sé é possivel, senom necessário para deixar de estar alimentando o inimigo.
Ante as arbitrariedades do capital a situaçom social só nos oferece miséria. O desemprego juvenil chega a quotas do 50%, nas que nom se contabilizam as pessoas que estam a estudar.
E para evitar o conflito social, o Estado educa-nos para duas possibilidades; emigrar ou trabalhar para ele.
Trabalhar para o Estado nunca é umha saida revolucionária. Dentro das opçons de trabalho assalariado, baixo os adjetivos "protecçom da cidadania", "defesa do Estado de Direito", "justiça"... agocham a oferta de ser sipaios. "Ter um trabalho para toda a vida", "salário fixo", "estabilidade"... Aproveitam-se da necessidade da gente para vender como um trabalho honrado ser polícia, militar, guarda civil ou carcereiro.
O Estado espanhol, sobre todo em tempos de crise, lança campanhas de recrutamento: no 2012 sairam 2277 praças, 260 postos de Guarda Civil, 203 da polícia espanhola e centos de locais.
Mentres com os sistemáticos curtes vam eliminando os orçamentos para todos os serviços sociais, como sanidade e educaçom, só "Defensa" continua a ter e aumentar os seus recursos.
Mas as reais funçons destas ocupaçons partem da total sumissom ás suas leis, sem questionar-se em nengum momento o grao de justiça das mesmas, aceitando o monopolio da violência que se atribui o Estado.
Inerente á sua funçom é a dinâmica orde-obediência, e supom umha das mais fortes ferramentas de controlo social com as que conta o Estado, assegurando que se ejecutem as suas leis.
Mas é comum a justificaçom popularante o desempenho destas atividades "nom todos som tam maos ou corrutos..." Mas isto nom é assim.
Os corpos repressivos tenhem como funçom fazer respeitar e cumprir os mandatos institucionais dum sistema intrinsecamente injusto.
Ser Policia, Guarda Civil ou carcereiro nom quere dizer "defender á cidadá", ser policia é botar à gente da sua casa, malhar em pessoas que defendem as suas ideias, espiar, perseguir, encerrar e torturar, porque é o seu trabalho, defender o régime estabelecido de qualquer ameaça.
Ser carcereiro nom é proteger a sociedade de delinquêntes, o que realmente supóm é agochar as fugas do sistema: "ladrons que delinquem para sobreviver, migrantes marginalizadas e maltratadas, militantes políticas que conformam a disidência fronte o sistema... E ser militar nom é proteger um país nem ir de missons pacificadoras, senom participar do imperialismo, fulminar o direito de autodeterminaçom dos povos (dentro e fora dos límites estatais) e assassinar em confrontos armados em defensa dos interesses capitalistas.
Para as galegas nom é umha opçom. Pois nom só som forças repressivas, senom que para nós som também forças de ocupaçom, pois reafirmam a política espanholizadora de expansom e submetimento da Galiza.
Foto: AMI