A primeira manifestaçom nacional contra os desalojos hipotecários chega numha situaçom de emergência social à que a cobiça e práticas abusivas da banca tenhem empurrado. Os suicídios por essa razom tenhem-se espalhado nos últimos meses por diferentes naçons submetidas ao jugo da banca espanhola, criando alarme entre a sociedade.
O governo neoliberal espanhol de Mariano Rajói, que enfrenta um desgaste sem precedentes na história da democracia burguesa espanhola, tentou dar sensaçom de reagir à questom com um decreto sem apenas efeitos práticos. Este evitará o despejo para umha fatia numerariamente insignificante das pessoas afetadas, deixando a prática totalidade das vítimas na situaçom anterior.
É nesse contexto que a plataforma Stop Desalojos de Compostela, motor do protesto de amanhá, fai um apelo à mobilizaçom. O coletivo expujo dia 26 em rolda de imprensa várias razons para amanhá estar nas ruas das diferentes cidades galegas nas que se convoca a manifestaçom:
- Defesa do Direito à Habitaçom, um direito não só constitucional, senom acima de todo, humano.
- Consideramos que todas somos vítimas do calote imobiliário e dos bancos que atuárom de má fé, enganando os cidadáns, cientes de que muitas das hipotecas eram impagáveis. As entidades bancárias som as responsáveis, com a complicidade das instituiçons públicas em geral, da atual situaçom que estám sofrendo muitas famílias, da morte e da miséria da gente que fica na rua.
- Porque o único modo de frear um desalojo hipotecário é com o apoio de todas. Por isso é tam importante que o dia da manifestaçom sejamos quanta mais gente melhor.
- Porque amanhá podes ser tu, a tua irmá, os teus pais, um vizinho ou qualquer um/ha.
- Porque isto só se solucionará com a auto-organizaçom e com a solidariedade, e luitando na rua contra o individualismo criado polo sistema.
- Porque cada desalojo é um assassinato, nom unicamente os que acabam em suicídios. As vítimas encontram-se muitas vezes em autênticas situaçons de morte social, sem casa e sem trabalho, e com dívidas insustentáveis.
- Porque a única alternativa que deu o Governo foi um Decreto Lei, que nom é nem de longe uma soluçom. É mais bem uma armadilha, polas próprias condiçons que exige às afetadas. O Governo nom está a atender as suas responsabilidades e nom está a tomar as medidas realmente necessárias.
As exigências que as e os convocantes colocam som:
- Responsabilidades penais, políticas e de gestom no conjunto da banca estatal.
- Paralisaçom de todos os processos de desalojo hipotecário.
- Daçom em pagamento com efeito retroactivo.
- Parquê de aluguer social das habitaçons substraidas pola banca Porque o direito a habitaçom deve estar à margem do comprado.
- Nom voltaremos a pagar os excessos dos poderosos.
Dados de desalojos hipotecários
Na rolda de imprensa de dia 26, a Stop Desalojos Compostela, que atualmente trabalha em 9 casos, retratou o perfil que eles estám a encontrar com maior frequência: mulher, com filhos menores ao cargo, vítimas em alguns casos de violência de género. A plataforma indica que "sofrem o abandono de serviços sociais e instituiçons, que nom só nom ajudam, senom que som, em muitas ocasions, um obstáculo". Calculam por volta de 9 casos diários na Galiza.
Embora tenhem casos "com quase todas as principais entidades estatais e galegas" destacárom o papel de Santander, BBVA, Popular, NCG, Pastor e La Caixa na tragédia.
Foto do Diário Liberdade - Protesto da Plataforma Stop Desalojos Compostela na sucursal do BBVA em Conjo.